Os poucos torcedores – público de cerca de mil pessoas – devem ter deixado a Arena Nicnet, antigo estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, com a certeza de que jogaram dinheiro fora. Afinal, Botafogo-SP e Paysandu abusaram da ruindade, fazendo um dos piores senão o jogo mais feio da Série B do Brasileiro. Menos mal para o torcedor botafoguense, que viu o seu time vencer, por 1 a 0, gol de Carrillo, depois de seis partidas sem vitória. Com o resultado, o Bota subiu da 18ª para a 17ª colocação, com 32 pontos. Já o Paysandu, com 26, permanece na lanterna do campeonato, a sete pontos do 1º colocado antes da zona, o Athletic-MG, que soma 33 pontos, na 16ª posição. O time mineiro ainda joga na rodada e essa distância pode aumentar.
O Bota tomou a iniciativa de ataque. Logo aos 37 segundos, Queiróz arriscou de longe. Nogueira defendeu fácil. O time da casa tinha mais posse de bola, com sequências de passes. Enquanto isso, o Papão era cauteloso. Mas, aos 7 minutos, Marlon deixou Diogo Oliveira de cara com o gol. O atacante bicolor finalizou para fora, dentro da pequena área. Ou seja, o jogo, tecnicamente, era ruim. Pobre em lances de qualidade, com muitos erros de passes e chutões em demasia. Assim, o Paysandu buscava espaço, mas não tinha competência para furar a defesa do adversário, que se fechava bem.
Ofensivamente as equipes pouco produziram. Dessa forma, o Bota até arriscava o gol em lances de longa distância, mas os chutes saíam pela linha de fundo. O Paysandu nem isso fazia. Até que Bryan tentou de cabeça, a bola resvalou na zaga e sobrou fácil para o goleiro. Aos 35, Edilson cruzou a bola na área e Diogo Oliveira testou fraco para a defesa de Victor Souza. Depois, aos 38, Garcez, lesionado, foi substituído por Vinni Faria. Aos 47, Edilson encenou, merecedor de Oscar, um pênalti de Nem, que o árbitro marcou. Mas o VAR, corretamente, anulou a marcação. Último lance do 1º tempo.
Segundo tempo
O jogo recomeçou no mesmo ritmo da mesma etapa, sem o menor brilho. O Bota até chegou a marcar, mas Nem colocou a mão na bola na visão do árbitro. O time paulista era mais ofensivo, mas sem jogadas de efeito. Aos 20 minutos, o Papão resolveu reagir, com Faria chutando de longe para fora. Com a saída de Diogo Oliveira, o Papão perdeu a referência de ataque, que já não era lá essas coisas. O time paulista tinha mais força ofensiva, fustigando a defesa bicolor. Por fim, aos 43, Nem serviu a Carrillo, que mandou a bola para a rede. Mais uma derrota bicolor.