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PARAZÃO 2023: Entenda por que o campeonato está suspenso

O Parazão está suspenso e sem data para retornar. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará.
O Parazão está suspenso e sem data para retornar. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará.

Nildo Lima

Os torcedores que pretendiam assistir às estreias de seus times no Parazão 2023, no final de semana, alguns até com ingresso já comprado, foram obrigados a refazer seus planos e encontrar  outra forma de lazer.

Tudo porque o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), atendendo a um recurso impetrado pelos clubes Paragominas, Castanhal e Itupiranga, decidiu, em decisão monocrática de seu presidente, Otávio Noronha, suspender, ontem, o início do campeonato. A primeira rodada da rodada da competição teria início hoje à tarde, com o jogo entre Clube do Remo e Independente, no Baenão.

A decisão da presidência da Corte maior do esporte brasileiro se deu diante da reclamação dos clubes, que alegam que o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD/PA) foi acionado no primeiro semestre de 2022, mas não teria cumprido ordem do STJD, que determinava que o caso fosse julgado pela primeira instância.

O processo ficou emperrado no tribunal local, sem nenhuma decisão, até a entrada do órgão em recesso, o que levou os clubes a entrarem com ação no STJD, que acabou concedendo liminar suspendendo o Parazão, até que a causa seja julgada pelo Pleno da Corte.

Na ação, os clubes reclamantes solicitaram ao STJD o adiamento do Estadual deste ano até que o processo seja apreciado de forma definitiva, visto que uma decisão favorável acarretaria a perda de pontos por parte do Águia de Marabá e do Bragantino, alterando, desta maneira, a classificação do campeonato. A mudança na pontuação final do Parazão do ano passado, faria com que o Bragantino fosse rebaixado à Série B do Estadual deste ano, causando, também, a perda da vaga na Copa do Brasil pelo Águia, com o Castanhal ficando com a vaga no torneio nacional.

NOVELA ANTIGA

A questão vem se arrastando desde que o Parazão 2022 foi encerrado, com o presidente do Paragominas, Paulo Toscano, se entregando de corpo e alma na luta para recolocar o seu clube na elite do futebol local.

O dirigente chegou a estar em Belém junto com a  advogada do Jacaré, Amanda Boré, por várias vezes para tentar agilizar o julgamento no TJD/PA, mas acabaram dando viagens perdidas. Cansado de tanto dar com a cara na porta do tribunal local, Toscano, orientado pelos advogados Amanda Boré e Marcelo Juncá, resolveu recorrer ao STJD.