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Paragominas na luta para voltar à elite do Parazão

Presidente do PFC, Paulo Toscano briga para ver o time de volta à elite. Foto: Ronny Chaves/PFC
Presidente do PFC, Paulo Toscano briga para ver o time de volta à elite. Foto: Ronny Chaves/PFC

Nildo Lima

De acordo com o presidente do Paragominas, Paulo Toscano, tem certa dose de responsabilidade pela demora na apreciação do recurso do clube e, posteriormente, o envio da decisão do TJD/PA ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, a direção da Federação Paraense de Futebol (FPF). “O presidente Ricardo Gluck Paul, pelo que fui informado, esteve no Qatar assistindo ao Mundial, quando fez o pedido ao presidente do STJD para que o caso voltasse a ser apreciado pelo TJD após o nosso apelo à instância superior”, acusou o dirigente, reclamando da morosidade do tribunal local no caso.

Questionado, ontem, pela reportagem se já dava a volta do Paragominas ao Parazão como favas contadas, Toscano preferiu a cautela. “Não está nada ganho ainda. Continuamos na luta para fazer justiça e recolocar o nosso clube no campeonato”, disse. “A decisão do presidente do STJD (Otávio Noronha), no entanto, mostra que estamos no caminho certo. O futuro a Deus pertence”, argumentou. O dirigente prometeu que os advogados do clube, Amanda Boré e Marcelo Juncá, seguirão atentos ao caso para “assegurar os direitos do Paragominas.”

O dirigente já previa a perda da causa no TJD/PA e a necessidade de o Paragominas ter de recorrer ao STJD, como acabou acontecendo. Mas, mesmo com o recurso ainda tramitando no tribunal local, a diretoria do clube vinha tratando da montagem do elenco do Jacaré para a disputa do Parazão 2023, que pode até acontecer, dependendo da decisão que será tomada pelo Pleno do STJD, em julgamento que só acontecerá após o tribunal local enviar o processo à instância superior. Ainda não há, portanto, data certa para o julgamento do caso.

TJD

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD/PA), Jeffe Launder, afirmou, ontem, em contato com a reportagem, que não houve má vontade da corte em relação à publicação do resultado do julgamento da ação movida pelo Paragominas. “Não publicamos o acórdão por manobra ou desrespeito à justiça desportiva e a todos aqueles que prestigiam o futebol do Pará. Foi fundamentalmente pelo fato de no dia 20 de dezembro não haver mais ninguém trabalhando (no tribunal). Estávamos de recesso”, justificou.

Launder informou que o recesso do TJD/PA foi encerrado ontem, com o órgão voltando às suas atividades normais a partir da próxima segunda-feira, quando a decisão do tribunal será publicada. “A partir daí vamos dar impulso neste processo no sentido de encaminhar o recurso voluntário interposto pelo Paragominas para o STJD, a fim de que ele venha apreciado este recurso”, anunciou o presidente. Ele rebateu as acusações do presidente do clube do Município Verde, que afirma ter ocorrido morosidade por parte do TJD/PA.

“Essa questão de dizer que nós demoramos, não existe. Entendo como uma fala temerária, que coloca em xeque a reputação do tribunal”, respondeu. “Desde o início de nossa gestão, temos procurado entregar um serviço de forma séria, eficiente, fazendo com que os atos obedeçam a uma ordem cronológica dos fatos e que acima de tudo estejam revestidos de legalidade. Então esta versão de que nós criamos empecilho entendo como uma precipitação de quem verbalizou desta forma”, encerrou.