ENTREVISTA

Para técnico do Remo, agir rápido e certeiro no mercado é crucial

Rodrigo Santana fala sobre os desafios e planos do Clube do Remo para 2025. Conheça as estratégias do técnico azulino para a nova temporada.

Para Rodrigo Santana, é importante acertar o time o quanto antes para o início da temporada - Foto: Samara Miranda/Remo
Para Rodrigo Santana, é importante acertar o time o quanto antes para o início da temporada - Foto: Samara Miranda/Remo

Rodrigo Santana foi o primeiro profissional do Clube do Remo a falar sobre 2025. O técnico azulino abriu a temporada explicando à imprensa sobre a montagem do elenco, o começo da temporada e os anseios do Leão Azul para o ano que vem. Abaixo, alguns dos assuntos citados pelo treinador azulino.

Base de 2024

“A gente conseguiu segurar uma base, não tão grande, mas uma base da última competição da Série C. A nossa intenção é que os atletas que se apresentaram em dezembro possam iniciar o Parazão, porque eles ganharam tempo a mais de pré-temporada. E os jogadores que chegarem em janeiro, a gente consegue estender um pouquinho mais a pré-temporada deles, principalmente com o índice de força. Eles ficarão um pouco mais de um mês parados, e quer queira, quer não, perdem o nível de força, o ritmo. A gente gostaria muito de estender um pouquinho a pré-temporada, apesar de eles terem um lastro físico muito maior também, mas fizeram mais jogos dentro do ano”.

Trabalho com os reforços

“Então, a gente vai entender, vamos tentar equilibrar essa carga, fortalecer o máximo esses que acabaram de chegar aqui da Série C e alguns que vamos tentar repatriar de fora do país, para iniciar bem a competição. E aí, até dentro da competição, na metade a gente consegue integrar os outros atletas que estão chegando em janeiro. Quem chegar bem vai passar pelo NASP do Remo e vai ser entregue para a gente. E quanto mais cedo ele vier para a bola e para os trabalhos táticos, melhor.

A gente sabe que é difícil. O jogador fica um mês de férias e come bem, precisa extravasar um pouquinho do ano. A gente tem que ter muito cuidado com isso. Porque a gente sabe que todo investimento é alto e a gente não pode ter um ativo alto parado no departamento médico. A gente vai procurar ter um controle muito grande em relação a isso. Mesmo sabendo que a gente precisa praticar um bom futebol. O Remo tem que ser protagonista na competição. Eu sei dessa responsabilidade, a gente vai procurar buscar esse equilíbrio”.

Primeiros reforços do Remo

“A gente conseguiu apresentar tanto o Dodô quanto o Marcelinho, dois jogadores que conhecem muito bem a Série B. O Dodô já tem dois acessos na própria Série B, é um jogador que sempre foi muito decisivo por onde passou, a diretoria foi rápida no mercado, conseguiu agir muito bem. O Marcelinho vem de uma grande Série B, mais um bom jogador. O que a gente pode falar são desses jogadores que já passaram por todos os exames, já foram anunciados, já foram aprovados pelo Remo. Outros a gente ainda está no mercado, buscando, conversando, tentando alinhar. O próprio caso do Lucão, ele ainda precisa fazer os exames para ver se está tudo ok, se está tudo aprovado para poder ser anunciado”.

Critérios nas contratações do clube

“A gente está lutando para fazer com que os jogadores cheguem cedo. Me preocupo em tê-los mais cedo para entender o nosso modelo de jogo, os nossos conceitos. Tudo demanda um pouquinho de tempo, a gente tem que ter também um pouquinho de respeito, porque muitos jogaram a Série B e precisam das suas férias, mas eu estou muito otimista pelo que o Remo vem buscando, conversando e espero montar um time bem forte e fazer uma pré-temporada muito boa. Apesar de parecer que não, mas o tempo ainda é muito curto, com a maioria dos jogadores chegando em janeiro”.

Tamanho do elenco no Remo

“A gente traçou ter um elenco com mais ou menos uns 23 a 24 jogadores, e completando com os atletas que sobem da base. Então, se a gente conseguir 22 atletas, eu acho que é interessante, desde que os meninos da base do Remo que subam consigam suprir essa entrega dentro do treinamento, onde a gente consiga manter o nível alto. A gente não precisa fazer um elenco tão grande, de 30 atletas. Eu acho que isso aí é muito grande.

Eu acredito na manutenção dos jogadores que renovaram os contratos, eu acredito muito no nosso trabalho. Por isso que eu apresso todo dia de fazer com que os jogadores cheguem, porque a exemplo da Série C, eu acho que o que valeu no Remo foi o coletivo. Foi o dia a dia que transformou os jogadores, que ganharam confiança e entenderam o sistema de jogo e acabaram tendo alta performance. Então, quanto mais cedo o jogador chegar, se eu conseguisse pelos 20 atletas agora, em dezembro, com certeza ficaria mais fácil o início do estadual”.