O futebol é feito de ciclos, e o Clube do Remo tem vivido o seu com desafios, mas também com algum equilíbrio dentro da Série B. Curiosamente, alguns dos antigos pilares da gestão azulina, que em certo momento conduziram com firmeza o barco remista, hoje enfrentam turbulências em outros “leões”.
Sérgio Papellin, por exemplo, deixou Belém sob reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, mas decidiu retornar ao Fortaleza. No entanto, reencontrou uma realidade distinta: o Leão do Pici amarga a vice-lanterna da Série A, com apenas três vitórias, e vive um ambiente conturbado. Eliminado logo de cara da Copa do Nordeste e sem a solidez que sustentava o clube em temporadas passadas, Papellin ainda viu a saída de Juan Pablo Vojvoda, técnico identificado com o projeto após anos de casa, o que escancarou a crise e aumentou a cobrança da torcida.
Do outro lado, Daniel Paulista, outro nome que marcou presença no Baenão apesar dos poucos meses, também atravessa momentos difíceis. Assumindo o comando do Sport, o “Leão da Ilha”, depois de uma transferência polêmica e até hoje ressentida pelo Fenômeno Azul, o treinador amarga a última posição da Série A, isolado na lanterna, com apenas uma vitória conquistada.
O cenário ficou ainda mais delicado após o episódio em que jogadores foram pressionados fisicamente por membros de uma torcida organizada, no centro de treinamento, reflexo da insatisfação diante de uma campanha decepcionante. O peso da camisa rubro-negra, aliado à escassez de resultados, tornou o trabalho de Daniel ainda mais desafiador.
Seja em Fortaleza, seja em Recife, a realidade dos antigos pilares azulinos parece caminhar na contramão do que se imaginava quando deixaram o Baenão. A “zica” parece ter acompanhado a saída dos profissionais que, em Belém, tinham construído credibilidade junto ao torcedor remista. Em seus novos destinos, ambos ainda buscam respostas para cenários delicados que colocam à prova não apenas os projetos dos clubes, mas também a confiança em seus trabalhos.
Remo Tenta Manter Equilíbrio na Série B
Enquanto isso, o Remo, que sofreu com as baixas e precisou se reorganizar, tenta trilhar um caminho mais equilibrado na Série B. O Leão Azul ainda enfrenta dificuldades típicas de uma competição acirrada, mas segue na luta pela parte de cima da tabela.