Nildo Lima
O Re-Pa deste domingo poderia ser apenas mais um clássico na carreira do volante João Vieira, de 26 anos, mas não é. Foi o que afirmou o meio-campista na coletiva da última sexta-feira na Curuzu. “Para mim, cada clássico é uma situação diferente. Você entra para jogar, perfila para acompanhar o hino e não consegue escutar por causa da festa da torcida”, afirmou. João admite que pela 1ª vez na carreira, iniciada, em 2017, no Internacional-RS, pelo qual fez apenas um jogo, pôde jogar diante de uma massa de torcedores tão gigantesca.
“É uma coisa incrível. Antes de vir para o Paysandu nunca havia jogado para tanta gente assim, nunca havia jogado um clássico desse peso” revela. O maior clássico do futebol da região Norte e que supera, também, alguns da região Nordeste, é algo que não acontece apenas dentro das quatro linhas do campo. “Re-Pa é diferente. Não se joga Re-Pa, se vive Re-Pa. Ainda mais quando se trata de uma série de quatro clássicos seguidos”, diz.
O jogador salienta a paixão do paraense pelo duelo entre os Titãs do futebol local. “Tem uma importância para a cidade, para os clubes. Você liga a televisão e se fala em Re-Pa, sai na rua e se fala em Re-Pa”, ressalta. Com o Paysandu envolvido nas semifinais da Copa Verde e na final do Parazão, o volante acredita que ambas as competições têm a mesma importância para o Paysandu. “É difícil diferenciar uma coisa da outra. Queremos ser campeões paraenses e queremos estar mais uma vez na final da Copa Verde. Domingo vamos entrar em campo em busca de um título e na quarta-feira para buscar uma vaga na final da Copa Verde”, observa.
O meio-campista acredita ter melhorado de rendimento após a chegada do técnico Hélio dos Anjos à Curuzu, no ano passado. “Desde a chegada dele, ele trabalhou não só comigo, mas com todo mundo, acho que meu jogo evoluiu bastante”, afirma João, que, além do Inter, passou, entre outros clubes, pelo São José-RS, Pelotas-RS, Caxias-RS e São Luiz-RS.