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O mantra do Remo: concentração máxima

O Remo faz um jogo decisivo neste sábado. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo
O Remo faz um jogo decisivo neste sábado. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Comprometimento e foco

A situação do Remo não permite hesitações. Tem que vencer o Londrina para continuar alimentando chances de classificação. O mantra da semana no Evandro Almeida foi o que projeta jogos decisivos: concentração máxima. Nenhum momento de distração, nem recuos excessivos, como na rodada passada, diante do Confiança.

É preciso entender que a tarefa dos azulinos no confronto desta noite (no estádio Mangueirão, às 21h) não é das mais simples. Exige erro zero, pois é um duelo de seis pontos. Os azulinos precisam superar um adversário qualificado, que ocupa a 7ª posição e é candidato à classificação. Além disso, não toma gol há quatro jogos.

Ao contrário do Remo, que só empatou uma vez na competição, o Londrina é o segundo que mais empatou (8 vezes), atrás apenas da Ferroviária (9). A defesa tomou menos gols (16) que a do Leão (23).

O jogo tem tudo para repetir aquele conhecido duelo de ataque contra defesa entre mandante e visitante na Série C. Algumas vezes, porém, alguns times conseguem inverter essa expectativa. A Aparecidense botou o Remo na roda dentro do Mangueirão.

Bruno Silva é um ponto de preocupação. Volante de primeiro combate à frente dos zagueiros, teve atuação inconsistente contra a Aparecidense e sobre ele recaíram todas as investidas do adversário. Na derrota para o Confiança, cometeu o pênalti desnecessário que decidiu o jogo.

A lentidão do volante terá que ser compensada com o recuo de dois homens de meio, Pavani e Jaderson, o que sobrecarrega fisicamente o setor. O ideal é que Jaderson tenha liberdade para flutuar entre a intermediária e o ataque, ajudando Pedro Vítor a superar as linhas de marcação.

Uma excelente notícia é a presença dos dois alas titulares, Diogo Batista e Raimar. Na frente, Pedro Vítor será o mais acionado pelo lado direito – e, obviamente, o mais marcado. Ytalo volta ao comando de ataque em substituição a Rodrigo Alves.

O camisa 9 volta porque tem um aproveitamento melhor nas finalizações. Joga fixo, mas é certeiro e isso pode fazer toda a diferença num jogo que se desenha amarrado na marcação e de poucas chances.

Mudança de horário gera prejuízos ao Remo

Ainda abespinhado com a arbitragem na derrota para o Confiança, o Remo não recebeu bem a mudança de horário do jogo com o Londrina, neste sábado (17), de 17h para 21h. O mais grave é que a mudança só foi comunicada no começo da noite de ontem, após decisão unilateral por parte da CBF.

“Mais uma vez, o povo paraense é desrespeitado com atitudes unilaterais, faltando menos de 24 horas para a partida, desrespeitando os milhares de torcedores que compraram ingressos, e ainda todos os transtornos de acesso que a alteração irá causar”, protestou o Remo, em nota.

Ao longo da sexta-feira (16), o Remo acompanhou de perto as tentativas de alteração, apresentando os aspectos negativos de uma mudança, pois implicaria em prejuízos técnicos, financeiros e logísticos ao mandante.

“Nossos argumentos foram desconsiderados e, de maneira unilateral, sem qualquer sentido, a partida foi alterada para às 21h. Importante lembrar, que todas as dificuldades logísticas enfrentadas por essa viagem para Belém são enfrentadas pelos clubes paraenses em todas as competições nacionais, sem que nenhuma providência seja tomada pelos responsáveis pela organização, apesar das inúmeras comunicações apresentadas”.

Conclui que “nada jamais foi fácil para o Remo, mas com a força de nossa torcida, da história de nosso clube e dedicação de nosso plantel, iremos superar essas adversidades e, principalmente, toda essa campanha contra”.

Papão busca reencontro com a vitória

Foto: Matheus Vieira/Paysandu
Foto: Matheus Vieira/Paysandu

O domingo reserva ao PSC um desafio interessante em Ribeirão Preto. Sem vencer há quatro rodadas, enfrenta o Botafogo-SP, que está a apenas dois pontos na classificação. O Papão é o 15º e o dono da casa é o 16º. Ambos lutam para fugir à incômoda vizinhança do Z4.

Em casa, o Botafogo já foi batido duas vezes. O Papão como visitante teve bons momentos, como as vitórias sobre o Ituano e a Chapecoense. Ocorre que ultimamente a equipe demonstra um certo bloqueio criativo, responsável pelo jejum de gols.

Fora do time em três partidas e mal tecnicamente diante do Santos, Nicolas reaparece fisicamente recuperado, o que favorece a recomposição do ataque, provavelmente com as presenças de Juninho e Esli García.

Há, ainda, um outro aspecto a se considerar. O PSC acaba de superar uma crise interna, que resultou na saída do executivo Ari Barros. Problemas de relacionamento costumam comprometer atuações em campo.

Mais leve, a equipe tende a reencontrar seu melhor jogo, repetindo o desempenho já mostrado em outras partidas fora de casa. A presença de Esli, goleador do time no campeonato, e a escalação de Juninho podem ajudar a recolocar as coisas nos devidos lugares.

Bola na Torre

A apresentação é de Guilherme Guerreiro, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. A edição é de Lourdes Cezar. Em debate, as rodadas das séries B e C do Campeonato Brasileiro.

Ilustres e amados aniversariantes

A coluna homenageia meu filho João Gerson, aniversariante do sábado (17), e meu pai José, que estará no berço neste domingo (18). Felicidade, saúde e paz a ambos.