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O caminho das pedras para o Paysandu surpreender o Fluminense na Copa do Brasil

Tylon Maués

A delegação bicolor chegou ontem ao Rio de Janeiro (RJ), onde amanhã à noite enfrentará o Fluminense-RJ, na partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, no Maracanã. Do elenco, o técnico Márcio Fernandes só não poderá contar com o atacante Vinícius Leite, que defendeu o Vila Nova-GO na competição e nem viajou à capital fluminense. A missão bicolor é superar o desnível diante do atual campeão carioca e um dos melhores times do Brasil na atualidade, trazendo para Belém, no jogo de volta, a decisão da vaga.

O treinador bicolor tentará surpreender os comandados de Fernando Diniz de uma forma que ainda não fez esse ano, jogar retrancado. Esse deve ser o primeiro passo do Paysandu e não seria nenhuma surpresa diante da disparidade técnica entre as equipes. A vantagem bicolor nesse sentido é que alguns de seus volantes tem boa qualidade técnica, em especial João Vieira, Ricardinho e Gabriel Davis, todos meias de origem. Se optar por uma formação mais tradicional, as opções passam a ser Jiménez, Rithely e Geovane, que deixou boa impressão no clássico.

As laterais devem contar com Edilson e Igor Fernandes ou Eltinho. Todos têm características ofensivas, mas que devem ter as investidas no ataque bem calculadas para não abrir espaços para um ataque que tem o centroavante mais efetivo do futebol brasileiro desde o ano passado, o argentino Germán Cano.

A experiência é algo que sobra dos dois lados, independente de onde cada atleta jogou. Além da rodagem, alguns dos jogadores do Paysandu já estiveram nas grandes ligas e em clubes gigantes. O colombiano Bocanegra defendeu o Vasco da Gama-RJ, Rithely esteve no Internacional-RS, Ricardinho jogou pelos alvinegros Ceará-CE e Botafogo-RJ, entre outros.

O ataque bicolor é um setor que terá o desafio extra de não só buscar o gol como de compor na marcação. Domingo o centroavante Mário Sérgio esteve isolado na frente e pouca coisa fez, mas o Super Mário conseguiu ajudar taticamente. Bruno Alves, que vinha mantendo uma boa regularidade, não esteve em seus melhores dias. Mais do que nunca sua velocidade se fará necessária.

Por fim, um quinto passo que pode ajudar o Papão é se algumas individualidades derem as caras. Ricardinho e Fernando Gabriel é quem podem fazer algo de diferente na criação, se juntando a João Vieira e Bruno Alves em caso de alguma falta frontal aparecer.