Bola

Novo executivo, Ari Barros comenta as mudanças que deve implantar no Paysandu

Tylon Maués

Como jogador, Ari Barros defendeu o Paysandu em 2011, numa passagem de altos e baixos. Doze anos depois, aos 44, ele volta a Curuzu como executivo de futebol. Ele chega para tentar reeditar o sucesso que teve no Juventude-RS, onde trabalhou na gestão que conseguiu dois acessos seguidos, para as séries B e A. seu último trabalho também foi irregular, com um começo muito bom no Náutico-PE e uma saída com o time em um mau momento.

Ari assume o cargo que era de Vandick Lima, que passa a ser diretor do clube, e garante trazer novidades. O elenco em concentração na Curuzu antes e depois dos jogos é uma dessas. Barros confirmou que a procura por reforços já começou. Na apresentação, ele garantiu que não tem nenhum processo adiantado, no entanto, o presidente Maurício Ettinger confirmou que o clube monitora a situação de alguns atletas que atuam no Campeonato Paraense, como o meia Juninho, da Tuna Luso, e o centroavante Pilar, do Cametá

“Fora esses dois temos mais dois sendo analisados. Vamos esperar o andamento do campeonato para saber mais sobre essas possibilidades”, disse Ettinger, garantindo que outros estão em situações avançadas. “Estamos no mercado. Temos dois jogadores engatilhados, mas isso fica com o Ari, agora”. Abaixo, alguns dos principais trechos da apresentação do novo executivo de futebol do clube.

Novo desafio

“A minha vinda para cá foi esperada há um bom tempo. Cheguei a conversar em outros momentos com o presidente que um dia, mais cedo ou mais tarde, iria ocupar esse cargo. Tudo tem seu tempo e chegou a minha hora. Me qualifiquei, fui em busca da parte acadêmica. Pertenço à Associação Brasileira de Executivos de Futebol, e tive sucesso onde passei, em especial no Juventude-RS, com dois acessos. Depois fui para o Náutico onde fomos bicampeões estadual, mas quando começaram as divergências entendi que era o momento de buscar um novo rumo. Hoje estou muito motivado em estar no Paysandu para ajudar o clube a sair dessa situação. Eu vim para dar meu máximo”.

Busca pelo acesso

“Temos outros objetivos como o Campeonato Paraense, a Copa Verde e a Copa do Brasil, mas o foco principal é o acesso para a Série B do Brasileirão. Estou no clube na madrugada de sexta-feira para sábado. Assisti ao jogo, analisei o elenco e fui apresentado no domingo. É muito pouco tempo. Temos que ter cautela, pois não está tudo errado aqui. Sei que o torcedor espera novidades e que o time vença sempre, mas é preciso ter cautela para não errar. Prefiro dar moral a quem está no clube e estudar bem para que futuras contratações sejam cirúrgicas. Estamos tendo conversas para encontrar o melhor, mas não temos nada apalavrado”.

Função atual

“Não sou um contratador, sou um executivo de futebol e estudei para isso. Fui jogador e isso me dá uma pequena vantagem de conhecer o ambiente. Já estabeleci algumas rotinas, tenho procurado conhecer a estrutura do futebol profissional e o que for preciso melhorar vai ser feito. Tudo para reintegrar o clube num cenário nacional de mais destaque”.

Retorno ao Paysandu

“Quando se tem essa casa tão preciosa como é o Paysandu, onde reencontrei pessoas com quem trabalhei, de ver tanta gente boa, isso me deixa muito satisfeito. Poucas pessoas da região conhecem esse meu lado de gestor, do que posso fazer. Eu vim com uma motivação enorme e com a gratidão de poder ajudar a esse clube”.

Administrar o vestiário

“Ter jogado futebol por 20 anos facilita em identificar situações de vestiário. E vestiário ganha e perde jogo. Quem veio para cá é porque tem história e pode nos ajudar. Temos que humanizar as relações. Todos têm uma história pessoal e profissional, e procuro sempre conversar. Às vezes alguém está com algum problema e temos que cuidar disso. O que não admitimos é falta de comprometimento. Aí não”.

Contratações e concentração

“No outro dia haverá a recuperação, treino e alimentação. No pós-jogo haverá concentração aqui. É um preço alto, mas é o que custa o sucesso. Jogador para cá é jogador específico. Pode ser craque, mas se não tiver força ele não vai conseguir jogar. Estamos em busca do perfil que se encaixe, um vitorioso e que consiga jogar aqui, que queira vestir a camisa do Paysandu. Já tive experiências com atletas que fizeram doce para acertar e isso não quero mais. Quem vier tem que saber que o Paysandu é grande e com uma torcida de massa”.