Apontado, hoje, como o principal jogador da defesa bicolor, o zagueiro argentino Joaquín Novillo, de 27 anos, sofreu um grande susto ao se chocar, cabeça com cabeça, com o meia Jaderson, do Remo, no 1º Re-Pa da decisão do Parazão. Por conta do baque, o defensor ficou um mês sem treinar e, com isso, foi afastado do time. Mas, em seu retorno, o zagueiro tem mostrado a mesma eficiência de antes do grande susto que passou, participando, inclusive, do Re-Pa do último sábado, quando pôde reencontrar com Jaderson após o choque acidental entre ambos. Em entrevista, na Curuzu, o argentino falou sobre a recuperação da concussão que sofreu.
“Eu tive, eu acho, cinco ou quatro dias sem treinar, sem fazer nada. E depois eu fui evoluindo nos treinos. Primeiro era bem leve e depois mais forte, até poder voltar a ter contato com a bola e voltar a cabecear, que era o que eu não podia fazer”, explicou Novillo. “Eu passei mal, na verdade eu me senti mal, porque eu vinha jogando, estava bem, e estar um mês fora me doeu. Eu gosto muito de treinar, de jogar, e não poder fazer isso me doeu, mas pude superar”, completou. O zagueiro comentou a sua participação no último Re-Pa, que, aliás, mais uma vez, foi das melhores.
Re-Pa foi bom, mas é página virada
O fato do Papão ter vencido o clássico mereceu comentário à parte do jogador, em especial pela rivalidade entre Papão e Leão. “Por sorte, me senti bem, com confiança, isso é importante. E, na verdade, o triunfo foi muito lindo, nós nos preparamos muito na semana, e estávamos muito confiantes que íamos ganhar, e íamos sair desta fase de maus resultados. O ambiente e o clima que se vive no Re-Pa é algo único. Eu joguei clássicos na Argentina, importantes, mas aqui se vive de outra forma, é muito lindo”, declarou.
Mas, o principal confronto do futebol da região Norte já é página virada para os bicolores. Segundo Novillo, os atletas estão focados, agora, no adversário da próxima segunda-feira, a Ferroviária-SP, quando o Papão buscará a sua 3ª vitória seguida na competição. “Ontem (anteontem), quando voltamos para treinar, já não se fala mais de Re-Pa, já não se fala mais nada. Agora é ganhar a Ferroviária para sair daqui de baixo da tabela”, afirmou.
Sobre o fato de o Paysandu não sofrer gol há dois jogos, nas vitórias por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP e o Remo, o jogador afirmou que se trata não apenas de treinamento da defesa do time, mas também de uma questão mental. “Creio que começamos a nos comunicar mais, a falar mais dentro e fora de campo. Todos os dias, segunda, terça, quarta falamos baliza zero, baliza zero. É uma questão física e mental”, diz o jogador. Ele informa que todos os defensores do Papão seguem este mantra.