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Nova Iguaçu vence o Vasco e pega o Fla na final do Carioca

O Nova Iguaçu fará sua primeira fina. Foto @betinjr7/NIFC
O Nova Iguaçu fará sua primeira fina. Foto @betinjr7/NIFC

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Nova Iguaçu está na primeira final de Campeonato Carioca da história do clube. Neste domingo (17), o Orgulho da Baixada venceu o Vasco por 1 a 0, no Maracanã, e garantiu a classificação depois do empate por 1 a 1 no jogo de ida. O gol foi de Bill.

O último time de menor investimento a chegar à final do Carioca foi o Madureira em 2006. Naquela ocasião, a decisão foi contra o Botafogo.

As finais do Carioca estão marcadas para dois domingos. O primeiro jogo será no dia 31 de março, após a parada para a Data Fifa. O segundo e decisivo confronto acontece em 7 de abril. O adversário será o Flamengo.

O Nova Iguaçu foi responsável pelas duas únicas derrotas do Vasco no ano. O time de Ramón Díaz só volta a campo agora para o Campeonato Brasileiro. A estreia está marcada para 13 de abril, contra o Grêmio, em casa.

O jogo teve duas paradas técnicas no primeiro tempo. O Maracanã tinha previsão de chegar a 40º C. O Rio de Janeiro registrou 62,3ºC de sensação térmica em Guaratiba às 9h55, a maior desde o início da medição em 2014.

O duelo aconteceu no Maraca após polêmica com a dupla Fla-Flu. O Nova Iguaçu, mandante, demonstrou intenção de utilizar o estádio, mas os gestores não responderam e foi indicado o Raulino de Oliveira. Após a repercussão, o consórcio recuou e foi aceito o pedido do clube da Baixada Fluminense. O estádio estava praticamente lotado, com 60.429 presentes.

O Vasco estampou novamente “Maracanã para todos” na camisa. O clube fez isso também no jogo de ida, o que não caiu bem com Flamengo e Fluminense. Esse é o nome do consórcio do clube cruz-maltino junto com a WTorre na disputa pela gestão do estádio. As camisas vão ser leiloadas com recursos doados à Barreira do Vasco, Cidade de Deus e Mangueira.

Como foi o jogo
O primeiro tempo foi bastante truncado. Além do forte calor, o Nova Iguaçu fez algumas faltas para diminuir o ritmo do duelo e fazer o tempo passar. O Vasco até começou um pouco melhor e apostou nos chutes de longa distância, mas não foi bem de modo geral. Com transição lenta e pouca inspiração, o jogo não encaixou.

O Vasco deixou o campo sob vaias da torcida. Enquanto a Laranja da Baixada teve volume ofensivo e assustou nos contra-ataques, o cruzmaltino não convenceu com a nova formação de Ramón Díaz.

Praxedes foi vaiado pelos torcedores no início do segundo tempo. Ramón Díaz pediu para os vascaínos pararem. O jogador foi uma das novidades do treinador para o jogo, mas não foi bem e foi substituído aos 23 minutos com mais vaias. O árbitro chegou a dar um pênalti a favor do Nova Iguaçu que deixaria a vida do Vasco ainda mais difícil, mas voltou atrás após ser chamado para revisão no VAR.

O Vasco melhorou após as substituições feitas pelo treinador, mas a exposição em busca do gol teve consequências. Em jogada rápida, o Nova Iguaçu abriu o placar, aumentou a impaciência no estádio e complicou a situação. O cruz-maltino se esforçou e tentou tudo na reta final, mas seguiu com dificuldades na finalização e não marcou.

A torcida terminou o jogo cantando “time sem vergonha”. O time fez um jogo muito ruim e mal conseguiu disputar com o Nova Iguaçu, que foi bem e organizado. A última final que o Vasco chegou de um Campeonato Carioca foi em 2019, quando perdeu para o Flamengo. O último título foi em 2016.

Lances importantes
Parou. Aos 15 minutos do primeiro tempo, o Nova Iguaçu saiu em contra-ataque com Xandinho, que abriu com Bill na esquerda. O camisa 10 cruzou de trivela, mas ninguém apareceu para concluir. O bandeira marcou impedimento em seguida.
De longe! Aos 23, Vegetti aproveitou falha na saída de bola do Nova Iguaçu e arriscou de longe. Fabrício Santana, levemente adiantado, fez a defesa.
Que chance! Aos 27, Yago cobrou falta na área e a bola passou por todo mundo. Sergio Raphael pegou a sobra e cabeceou por cima do gol.
Lá e cá! Aos 29, Galdames chutou forte da entrada da área e obrigou Fabrício a fazer uma grande defesa para salvar o Nova Iguaçu.
Muito longe. Aos 33, o Vasco teve mais uma boa chegada com Praxedes, que tentou o chute de fora da área, mas isolou a bola.
Tentou. Aos quatro minutos do segundo tempo, Piton fez jogada individual na esquerda e buscou Payet, que rolou para Galdames. O volante chutou e passou perto do gol.
Respondeu. Aos cinco, o Nova Iguaçu trabalhou a bola no meio-campo, Bill lançou Carlinhos na área e o atacante chutou cruzado, mas não acertou o gol.
Voltou atrás! Aos 16, a bola sobrou na entrada da área para Xandinho, que chutou. A bola explodiu em Piton e o árbitro deu o pênalti. Na revisão, ele viu que o desvio foi na direção da barriga.
Defesaça! Aos 28 minutos, após bola levantada na área, Sforza cabeceou e obrigou Fabrício a fazer uma grande defesa.
1×0. No lance seguinte, o Nova Iguaçu saiu em velocidade com o goleiro Fabrício lançando Yago no ataque. Carlinhos recebeu com liberdade e rolou para Bill abrir o placar.
Boa chegada. Aos 40, Bill avançou pela esquerda e chutou cruzado. Léo Jardim espalmou e, no rebote, Carlinhos mandou por cima do gol.
Tentou. Ao 52, João Victor recebeu na entrada da área e chutou, mas Léo Jardim fez a defesa e evitou o segundo gol.

FICHA TÉCNICA
NOVA IGUAÇU 1 x 0 VASCO
Data e hora: 17 de março de 2024, às 16h
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Yuri Elino Ferreira
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Wallace Muller Barros Santos
VAR: Rodrigo Carvalhaes
Cartões amarelos: Carlinhos, Sidney (NIG), Payet, Rossi, Medel, Paulo Henrique (VAS)
Cartões vermelhos: nenhum
Gol: Bill (aos 29 minutos do segundo tempo)

Nova Iguaçu: Fabrício; Yan Silva (Cayo Tenório), Gabriel Pinheiro, Sergio Raphael, Maicon Esquerdinha, Igor Guilherme (Ronald), Albert, Yago (João Victor), Bill (Sidney), Xandinho (Alegria) e Carlinhos. Técnico: Carlos Vitor.

Vasco: Léo Jardim, Rojas (David), João Victor, Léo, Lucas Piton, Medel (Zé Gabriel), Praxedes (Sforza), Galdames (Paulo Henrique), Payet, Adson (Clayton) e Vegetti. Técnico: Ramón Díaz.