Nildo Lima
O atacante Nicolas, 34 anos, principal investimento do Paysandu para a temporada 2024, vai para o jogo de estreia da equipe bicolor, amanhã (20), contra o Santa Rosa, às 19h, no Mangueirão. Agora, se ele será ou não titular é outra questão, cuja a resposta deve ser dada, no dia da partida, pelo treinador Hélio dos Anjos. O certo é que o atleta resolveu a pendência que tinha com o Ceará-CE, seu antigo clube, e teve o seu nome incluído no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), condição sine qua non para que a utilização de atleta em competição oficial.
O ídolo da Fiel, com três passagens pela Curuzu (2019 a 2021) participou do jogo-treino e do amistoso, contra a seleção de Barcarena e Tuna Luso, respectivamente, mostrando que ainda não atingiu 100% de seu condicionamento, algo normal em se tratando de começo de temporada. Isso pode, de repente, comprometer a utilização do atacante logo de cara, contra o Santinha. Mas, como já dito, esta é uma decisão que está entregue nas mãos do comandante do time bicolor.
Ontem, o jogador falou sobre a sua volta à Curuzu e, também, sobre a “queda de braço” que vinha travando, nos bastidores, com a sua ex-equipe. “Cheguei aqui na primeira semana de janeiro, né, e nos primeiros dias cumprimentei as pessoas como se tivesse saído há alguns dias do clube, com uma facilidade enorme”, contou. “Então isso facilita uma adaptação. É sempre muito difícil essa mudança que a gente tem, saindo do centro do país, vai para o Nordeste do país, depois vem para o Norte, então é normal, é natural levar um pouco de tempo para se acostumar, mas agora foi muito mais fácil que da outra vez quando cheguei”, disse.
Questionado se voltará a ter desempenho este ano igual ao que teve da vez passada com a camisa do clube, quando fez 103 jogos, marcando 37 gols nas três temporadas que esteve na Curuzu, o jogador respondeu: “Estive pensando nesta pergunta, pois eu sabia que ela viria. Consequentemente pensei um pouco mais para dar a resposta. É um pouco difícil falar sobre, mas não vai ser como da primeira vez, nunca vai ser. São histórias diferentes. Vim preparado para dar o meu melhor, como sempre fiz nos jogos pelo Paysandu. Espero que as coisas aconteçam. Espero escrever uma história tão bonita quanto foi a primeira”, declarou.
No que diz respeito à questão com o clube nordestino, o jogador afirmou: “Eu ainda tinha um contrato com o Ceará e precisava encerrar esse contrato da melhor maneira possível, sendo que eu não poderia estar abrindo mão das minhas coisas e eu, também, tinha o entendimento que precisava resolver o mais rápido possível”, disse, sem entrar em maiores detalhes da questão financeira.