Contratado em julho, o zagueiro Naylhor chegou ao Paysandu mais para compor o elenco. Foi uma opção com custos relativamente baixos, de alguém que não precisaria se adaptar à região pois vinha da Tinha Luso e, principalmente, com ritmo de jogo. Obviamente, a parte técnica também pesou bastante. De última opção, ele aproveitou a chance que teve para não sair mais do time e engatar uma boa sequência como titular até o fim da Série C. Ele foi um dos que teve o contrato estendido para a Copa Verde, oportunidade que ele aponta como também decisiva para a temporada que vem.
Para o jogador de 35 anos, um bom desempenho no torneio de fim de ano pode significar uma renovação de contrato. “Entramos para defender as cores do Paysandu. Quem ainda não tem contrato para o ano que vem pensa nisso também, de ficar. O Paysandu tem uma camisa pesada e existe a possibilidade de renovar o contrato”.
Naylhor lembra das vantagens que o título da CV traz para o clube e, consequentemente, para os atletas. “Estamos focados na Copa Verde, com o objetivo de sermos campeões. É um título e uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil. É importante para todos aqui”. Em 2022 a somatória das quotas até a terceira fase da Copa do Brasil chegou a R$ 1,9 milhão, devendo ser maior em 2023.
A possibilidade de renovar para mais um ano na Curuzu é algo que o zagueiro afirma estar totalmente dentro de seu planejamento. Para ele, vestir azul e branco em 2023 é uma de suas principais motivações no momento, além de conseguir mais um título na carreira. “O meu foco desde que cheguei foi de mostrar que não vim à toa, não cai de paraquedas aqui. Poder mostrar minha qualidade e que poderia honrar as cores dessa camisa”, disse. “Eu tenho muito interesse em continuar. Fui recebido muito bem por todos e meu desejo é permanecer na Curuzu”, finalizou Naylhor.
APOIO DA FIEL – Experiente, com vivência nas divisões inferiores do Campeonato Brasileiro, Naylhor lamenta bastante o que aconteceu com o Paysandu no momento decisivo da Série C deste ano. “Infelizmente, os resultados não apareceram na segunda fase. São coisas que acontecem”, afirma. Segundo ele, o time vinha de uma campanha muito boa na primeira fase, com pensamento total no acesso, que não aconteceu, restando apenas a Copa Verde agora. Ao mesmo tempo em que garante que o elenco não sentiu o peso da decisão, ele demonstra esperança que já no fim do mês a Fiel volte a prestigiar em peso as partidas do Papão.
“A gente quer o torcedor ao nosso lado sempre. Ele nunca nos abandonou e nós também estamos chateados pelo que aconteceu. Mas, temos que passar dessa página e quem é apaixonado vai comparecer ao estádio para ajudar o Paysandu”, afirmou. “Não acho que alguns jogadores tenham sentido. O resultado não veio e não faltou vontade, mas não acertamos. Sempre jogamos para gente, criamos, e juntando tudo fomos bem, mas sem os resultados esperados”, completou Naylhor.
Num quadrangular de tiro curto, o zagueiro lamentou o começo ruim, que pode ter impedido o time de engrenar em busca da vaga para a segunda divisão do ano seguinte. “É claro que na fase decisiva tudo fica mais difícil. Se tivéssemos conseguido um bom resultado no primeiro jogo, acho que embalaríamos. Infelizmente, as coisas não deram certo”.
Texto: Tylon Maués