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Muriqui: arquirrival na Série B aumenta a responsabilidade do Remo em 2024

Tylon Maués

Em entrevista ao Zueiragem Podcast no último sábado, o atacante Muriqui, artilheiro do Leão Azul na temporada, falou sobre sua passagem pelo Baenão, a possibilidade de renovação, sua vida em Belém, mas chamou atenção ao falar da relação entre Clube do Remo e Paysandu, tendo defendido os dois clubes em momentos diferentes de sua carreira. Muriqui disputou 32 partidas e marcou 12 gols pelo time remista, sendo o maior goleador do clube em 2023.

De acordo com o experiente jogador, Leão e Papão servem de incentivo um ao outro e um tem necessidade do outro. “As pessoas falam que o Remo não precisa do Paysandu e o Paysandu não precisa do Remo. É o contrário. Um precisa do outro. Se um acabar, fica sem graça. A mesma coisa é Flamengo e Vasco. É legal jogar o clássico. Eu já joguei. Era equilibrado, mas hoje em dia não é mais equilibrado. Não tem graça”.

Bem aclimatado à capital paraense ao lado da família, o jogador de 37 anos destacou a importância que terá para o clube a eleição do próximo dia 12, quando se escolherá a nova gestão azulina. O próprio fato de o maior rival estar em uma série acima terá que servir de incentivo para haver essa igualdade ao fim de 2024, preferencialmente na Série B.

“Pode ter certeza que a próxima gestão do Remo vai ter que fazer coisa boa, ou vai ser cobrada, pois o Paysandu está na Série B. Então, o torcedor do Remo não vai aceitar menos que a Série B. Os caras vão ter que se virar para montar um time competitivo. É isso que vão ter que fazer, porque o Paysandu vai puxar o Remo. Se o Paysandu cair e o Remo subir, vai acontecer a mesma coisa. O Remo puxa o Paysandu. Um não vive sem o outro”.

Somente após o encerramento do pleito eleitoral é que o clube iniciará o processo de formação da nova diretoria de futebol, outra comissão técnica e o ciclo de contratação para formar um elenco para 2024. Ricardo Catalá, que comandou o time em boa parte da Série C, já teve o nome anunciado como o preferido para ser o técnico por três dos quatro candidatos.