Motivos para acreditar: estilo do novo técnico é a aposta do Remo para sair do buraco na Série C

Matheus Miranda

Depois de uma lista de profissionais ventilada desde a madrugada da última terça-feira (22) após a demissão de Marcelo Cabo, o Clube do Remo surpreendeu o seu torcedor na quinta-feira (25) ao confirmar o acerto com Ricardo Catalá para o comando técnico do futebol profissional visto a necessidade de um perfil mais cascudo, experiente e inteirado ao péssimo momento vivido pelo time no Campeonato Brasileiro da Série C, onde ocupa a lanterna da competição com 4 derrotas consecutivas. Mas o perfil do paulista de 41 anos, sem tanto ‘hype’, aponta uma caminhada promissora com base em seu currículo, fator pelo qual a diretoria azulina optou por bancar o seu nome.

Com a grife do título atual da Terceira Divisão na bagagem, ao levantar a taça da competição nacional em 2022 depois de dominar a competição de ponta a ponta com o Mirassol-SP, equipe que esteve até o começo deste mês de maio pela Série B, a conquista e a promoção à competição intermediária do futebol nacional se juntam ao seu estilo de jogo como os pilares para uma parceria de sucesso, conforme projeta a instituição.

O estilo de jogo mais propositivo, por sinal, foi o que pesou na balança em sua vinda ao Evandro Almeida em comparativo ao perfil do treinador Fernando Marchiori, que esteve no páreo para assumir o barco azul-marinho para a sequência deste ano, e que também fez boa campanha pela Série C passada. A filosofia de ofensiva de Catalá foi o que determinou o diferencial no critério azul-marinho.

Pelo Leão da Alta, o acesso e o título foram acompanhados de números expressivos no gramado. Em 27 partidas realizadas entre fase classificatória, quadrangular decisivo e a final da Série C de 2022, sob o seu comando, o Mirassol-SP balançou as redes em 45 oportunidades e sofreu apenas 28 tentos. Nas fases eliminatórias, Catalá guiou a equipe de forma invicta com quatro empates e 4 vitórias após garantir a classificação na primeira posição na etapa classificatória.

Mesmo sem ser a equipe mais tradicional da competição daquele ano, a parceria de Ricardo Catalá com o Mirassol-SP foi contundente ao ser geralmente apontado como favorito em seus compromissos.