As declarações do chefe do departamento médico do Flamengo, José Luiz Runco, sobre o meia uruguaio De La Cruz, continuam gerando repercussão dentro e fora do clube. Em mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp chamado “Flamengo Barra”, o médico afirmou que o jogador possui uma lesão crônica e irreparável no joelho direito, além de outro problema no joelho esquerdo. Segundo Runco, o atleta não teria condições ideais para atuar em alto nível e questionou abertamente sua contratação.
“Jogador comprado em outra gestão, sem a menor condição, pois apresenta uma lesão crônica e irreparável no joelho direito, e uma lesão também no joelho esquerdo. […] Estamos tentando fazer o possível para que ele possa participar, mas é muito complicado. […] Só se algum clube tiver interesse por outro motivo que não seja jogar futebol competitivo”, escreveu Runco em resposta a um torcedor no grupo.
As falas causaram mal-estar interno no clube, geraram reações de torcedores e até de jogadores. Um dos que saíram em defesa de De La Cruz foi o compatriota Arrascaeta, que demonstrou apoio ao colega nas redes sociais. De La Cruz foi contratado em dezembro de 2023 por R$ 102 milhões, na gestão do então vice-presidente de futebol Marcos Braz, hoje executivo do Remo.
Marcos Braz evita comentar, mas ironiza
Nesta terça-feira (22), em coletiva de imprensa pelo Remo, Marcos Braz foi questionado sobre o tema. Embora se recusasse a falar diretamente sobre o caso, o dirigente não escondeu o incômodo com a situação e respondeu de forma irônica:
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“Eu queria muito te responder… mas em respeito ao Remo e à torcida do Remo, eu não vou me pronunciar. Mas com certeza, se eu me pronunciasse, nós dois estaríamos estampados em todos os órgãos do país. […] Está aqui (apontando para a boca)… mas em respeito ao Remo e à sua diretoria, eu não vou falar sobre o assunto.”
A resposta arrancou risos dos jornalistas presentes, mas também indicou que o tema ainda pode ganhar novos desdobramentos nos bastidores do Flamengo.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
