BASTIDORES

Márcio Fernandes repudia boatos de interferências na escalação do Paysandu e pede respeito à sua história

Além do técnico, executivo bicolor também explica últimas polêmicas extracampo na Curuzu, que não anda com um clima bom.

Desanuviar o clima conturbado da Curuzu parece ser uma missão árdua para Márcio Fernandes - Foto Matheus Vieira/PSC
Desanuviar o clima conturbado da Curuzu parece ser uma missão árdua para Márcio Fernandes - Foto Matheus Vieira/PSC

O clima não está nada fácil pela Curuzu. Se não bastassem todas as broncas dentro de campo, na tarde de ontem (25), os mandachuvas do futebol do Paysandu basicamente tiraram o dia para combater notícias falsas que, de acordo com o executivo Felipe Albuquerque e o treinador Márcio Fernandes, estão sendo plantadas com o intuito de prejudicar ainda mais o já conturbado ambiente da equipe.

As indignações da vez foram relativas ao veto de alguns jogadores, como o equatoriano Juan Cazares, supostas exigências do executivo em escalações e até mesmo sobre as consequências desse clima conturbado internamente refletido no bate-boca acalorado entre Matheus Nogueira e Esli García logo após a confirmação da derrota para o Sport-PE.

Mordido, o comandante bicolor não poupou críticas à imprensa por embarcar, em sua visão, em mentiras que ajudam somente a piorar a situação. “Lamentável a gente ter que perder tempo para explicar isso. Sempre respeitei todos, mas exijo respeito. A partir do momento que sai uma notícia que não escalei o time, isso é lamentável. É para respeitar o meu passado. Se for para ser uma vaquinha de presépio não tem porque estar aqui. As informações vão chegar milhares, mas tem que checar. Jogando a gente contra uma torcida, uma imensidão. Tem que saber o que está sendo falado. São 25 anos de carreira”, diz.

Fernandes seguiu. “Não posso ser desrespeitado dessa maneira. Concordo com as críticas, vocês têm total liberdade de não gostar do time que escalei. Mas, agora, calúnia eu não aceito. Essas pessoas que estão querendo derrubar o Paysandu, não vão. Enquanto eu estiver aqui, quem manda no time sou eu, quem escala sou eu, quem manda embora sou eu. Sempre respeitei todos e quero respeito”, aponta.

Com duas derrotas em três jogos pela equipe, sob o comando do atual treinador, o Papão vai a campo pela terceira vez em seus domínios nesta sexta-feira (27), contra o Ituano. O caso, que deveria ser motivador, aparece como um gás na preocupação com o péssimo rendimento do time em Belém. Apesar de tudo, Márcio Fernandes acredita na reação. “O Paysandu é um dos piores mandantes, mas não penso nisso. Penso no meu tempo que foi a Curuzu e quero resgatar isso. O nosso campo é a Curuzu, temos que vencer aqui. Perdemos, mas para uma grande equipe, o Sport. Fizemos um grande jogo e é em cima disso que queremos ir pra fazer isso contra o Ituano”, almeja.