SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca revelou ao Fantástico (Globo), em entrevista exibida neste domingo (24), que teve medo de morrer durante o sequestro de 36 horas no final de semana passado.
“Vão atirar na gente, vão matar a gente”, concluiu ao perceber os sinais de que a polícia estava próxima ao cativeiro. Ele ouviu primeiro o barulho do helicóptero da polícia e depois a voz de um homem que apareceu no portão da casa.
“Ele chegou no portão e falou: “Eu vou entrar. Abre”, recorda o ex-jogador. “Eu não sabia o que estava vindo. O que ia ver”.
O homem era um policial militar que o resgatou junto com a amiga do ex-atleta, também sequestrada. “Eu abracei ele como meu pai, meu irmão. Ele arriscou a vida dele”, disse Marcelinho, emocionado ao lembrar a cena.
Ele foi sequestrado após sair de um show do cantor Thiaguinho na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da capital paulista. Na volta para casa, o ídolo do Corinthians parou em Itaquaquecetuba para deixar ingressos para a amiga, que conhecia desde a época em que foi secretário de Esportes na cidade.
O carro importado teria chamado a atenção de criminosos. Ele foi abordado por um grupo armado que pediu cartões, senhas, o desbloqueio do celular e acesso ao PIX.
Ao lado da amiga, Marcelinho ficou em um quarto do cativeiro recebendo ameaças, entre elas a de que seria submetido a uma roleta-russa. O carro importado, localizado pela polícia, deu início às investigações que culminaram com a liberação do ex-jogador e da amiga.
Quatro pessoas foram presas até o momento. O grupo é investigado por sequestro, associação criminosa e receptação.
A suspeita é que eles integrem um bando especializado em sequestrar pessoas e as obrigar a fazer transferências por meio de Pix.