O destino reserva ao Remo, nesta quinta-feira (28), mais uma oportunidade de medir forças com um adversário que já foi indigesto em seus domínios em 2025: o Criciúma. A equipe catarinense foi responsável por eliminar o Leão Azul da Copa do Brasil ainda na segunda fase, em pleno Mangueirão, em um confronto que deixou cicatrizes no elenco e na torcida. Os times voltaram a se enfrentar na Série B, no estádio Heriberto Hülse, em um empate por 1 a 1 no qual o clube paraense teve chances de conquistar a vitória, mas novamente saiu de campo com a sensação de frustração.
O histórico do confronto entre os dois lados mostra a dimensão do desafio. Em 12 partidas disputadas em competições oficiais, o Criciúma leva ampla vantagem: são 7 vitórias, 4 empates e apenas 1 triunfo do Remo. Mesmo atuando no Baenão ou no Mangueirão, os números não são generosos com o Leão, que venceu apenas uma vez em casa, contra três derrotas e um empate. Os números reforçam o peso histórico que o duelo carrega, especialmente pela necessidade de o Remo escrever um novo capítulo contra o adversário.
A pressão sobre o técnico António Oliveira dá ao confronto contornos ainda mais decisivos. Há semanas o treinador caminha como um verdadeiro praticante de slackline, em permanente corda bamba, sustentado apenas pela esperança de que uma vitória convincente possa estabilizar seu trabalho. A instabilidade dos resultados recentes e a dificuldade de afirmação na Série B mantêm o treinador sob avaliação constante, e o encontro com o Criciúma pode ser determinante para definir o futuro de sua passagem pelo clube. Uma derrota em casa diante de um adversário tão emblemático poderia acentuar ainda mais as dúvidas sobre a continuidade do projeto.
Do outro lado, o Criciúma chega em momento positivo, dentro do G4 da Série B e embalado por três vitórias nos últimos cinco compromissos. A mais recente delas, um triunfo imponente por 2 a 0 sobre o Novorizontino, reforçou a confiança de um elenco que tem se mostrado sólido e competitivo. O duelo desta quinta-feira, às 21h35, no Mangueirão, promete ser marcado pela urgência azulina de reencontrar vitórias e pela ambição catarinense de seguir firme na luta pelo acesso. Para o Remo, mais do que enfrentar um rival indigesto, trata-se de buscar redenção diante de um velho algoz.