A trajetória de António Oliveira à frente do Clube do Remo, embora marcada por altos e baixos, continua longe de ser uma unanimidade entre os torcedores, embora metade dos vacilos recentes fujam da alçada direta do treinador com base nas ‘pipocadas’ dos atletas no gramado. Derrotas com vacilos nos acréscimos, desperdício de chances claras e falhas individuais têm comprometido o desempenho da equipe, como os erros de Kayky na defesa, ou as finalizações desperdiçadas por Pedro Rocha, Matheus Davó e Janderson no ataque.
Os números recentes do comandante, contudo, revelam o tamanho do desafio que o próprio tem buscado junto à regularidade. Em um recorte das competições nacionais dos últimos dois anos (considerando o Brasileirão de 2023, 2024 e 2025, além da atual Série B) o rendimento de António é aquém do esperado. Em 2023 pelo Cuiabá, foram 21 jogos com 7 vitórias, 5 empates e 9 derrotas, resultando em um aproveitamento de 41,27%. Já em 2024, o desempenho caiu: em 13 jogos, apenas uma vitória, seis empates e seis derrotas, com aproveitamento de 23,08%, pelo Corinthians.
Em 2025, o cenário também apresentou contrastes. Nos quatro primeiros jogos do ano pelo Sport, antes da Série B, o clube acumulou três derrotas e um empate: apenas 8,33% de aproveitamento. Porém, na Série B, os números mostram uma leve recuperação: em oito partidas, foram duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, com rendimento de 41,67%.
Os dados indicam que o trabalho de António Oliveira não é desprovido de esforço ou de fases de consistência, mas a irregularidade coletiva e os erros recorrentes da equipe seguem cobrando seu preço. Para convencer de vez a torcida e consolidar seu nome no Baenão, o treinador precisará, mais do que nunca, encontrar soluções que vão além da prancheta e que façam o grupo crescer em concentração e precisão.