Nildo Lima
De todos os jogadores contratados pelo Clube do Remo para a temporada 2023 e provavelmente entre os atletas trazidos por outros clubes, nenhum possui mais destaque no futebol brasileiro que Luiz Guilherme da Conceição Silva. Ou melhor: Muriqui, atleta que consolidou seu apelido no esporte, atuando pelo Vasco-RJ, Vitória-BA, Avaí-SC e Atlético-MG para ficar apenas nestes clubes. Mas, apesar do diferencial em relação aos seus novos companheiros no Clube do Remo, pelo qual fará a sua estreia no ano que vem, o atacante, de 36 anos, se coloca em igualdade com todos os demais jogadores do Leão Azul.
Questionado, ontem, se seria a estrela do elenco remista, o jogador, nascido no Rio de Janeiro, onde começou a carreira no Madureira, descartou o diferencial. “Sei que é uma responsabilidade grande que carrego, mas o nosso elenco é muito qualificado”, afirmou, ratificando, em seguida, o pensamento. “Sei que a minha responsabilidade é grande, mas não encaro dessa forma, não”, prosseguiu. Muriqui, que esteve no futebol da China por cinco temporadas (2017 a 2021), defendendo quatro clubes, revelou o que o levou a tomar a decisão de vir para a região Norte, algo novo em sua carreira.
“O que me motivou a vir para o Clube do Remo foi a possibilidade do acesso. Recebi outras ofertas de Série B, mas nenhuma delas conseguiu mexer comigo como a proposta do Remo, em termos de visibilidade, em termos de conquistas esportivas. Acho o Remo um clube único”, assegurou. Em seu depoimento, o jogador destacou a força da torcida azulina. “Tem a força da torcida. Poder jogar para a massa, para uma torcida tão grande e a possibilidade de acesso me motivaram muito. Por isso estou aqui”, disse.
Muriqui também revelou a maneira como gosta de atuar. “Nos meus últimos cinco anos atuando na Ásia, mais especificamente na China, joguei como 10 e como 9. Foram as funções que mais fiz. No ano passado comecei como 9, um segundo atacante, e ao longo do Campeonato Brasileiro joguei como extrema”, iniciou. “Se tiver de escolher uma função prefiro a de número 10 ou a de número 9. São as funções nas quais me sinto mais à vontade”, finalizou o jogador, que no início de sua trajetória no futebol esteve junto com o treinador Marcelo Cabo. “Ele foi meu treinador na base do Madureira-RJ”, contou.