HOMENAGEM

Maior ídolo da história do Paysandu, Quarentinha ganhará livro sobre a sua carreira

O craque completará 90 anos de idade em novembro e será homenageado em obra escrita pelo jornalista Ferreira da Costa.

Quarentinha terá a sua carreira revisitada pelo jornalista Ferreira da Costa - Foto: Marco Santos/ Diario do Pará
Quarentinha terá a sua carreira revisitada pelo jornalista Ferreira da Costa - Foto: Marco Santos/ Diario do Pará

O jornalista Ferreira da Costa, que tem se destacado com a publicação de livros que resgatam a memória do futebol do Pará, anuncia para breve o lançamento de uma edição especial sobre a carreira gloriosa de Quarentinha, Paulo Benedito dos Santos Braga, que se tornou campeoníssimo pelo Paysandu, clube ao qual se dedicou por longos 18 anos.

Segundo Ferreira da Costa, o livro sobre a vida de Quarentinha será uma homenagem ao veterano craque dos nossos gramados, que em novembro próximo estará completando 90 anos de idade. “As novas gerações de torcedores, que não tiveram a oportunidade de conhecer o futebol técnico e vistoso de Quarentinha, terão a oportunidade de conhecer melhor o que ele representou para o Paysandu e o futebol paraense”, frisa o autor do livro.

Quarentinha desfilou pelos gramados paraenses durante 18 temporadas, de 1955 a 1973, sempre envergando a camisa de número 10 do Paysandu, com a qual comandou o time bicolor na conquista de 12 campeonatos paraenses e numerosas taças e troféus ao longo dessa jornada.

O ídolo se destacou pela ética no exercício de sua profissão, com dedicação integral aos treinamentos, concentrações e jogos, sempre impondo de maneira leal a sua liderança, conquistando o carinho e o respeito de todas as torcidas paraenses.

Quarentinha começou jogando em pequenas equipes do bairro do Telégrafo, na sua juventude, tendo ganhado destaque no Dramático, que disputava o certame suburbano. Logo, despertou o interesse de agremiações que disputavam o certame paraense, sendo que o convite do Clube do Remo foi o primeiro a chegar-lhe. Quarentinha passou 30 dias no estádio de Antônio Baena, mas o técnico Orlando Bendelaque não gostava de jogador franzino. E Quarentinha era “esmirrado”, no dizer do paraense. Pequena estatura e corpo raquítico. E o técnico azulino só lhe deu 10 minutos para treinar, o que o aborreceu, decidindo ir embora.

Na saída do estádio azulino, quis o destino que ele desse de cara com o seu amigo Carnaval, que era massagista do Paysandu. Carnaval o indagou: “O que fazes por aqui, Quarentinha?”. E veio a explicação: “Vim treinar no Remo, mas o técnico só me deu dez minutos para eu mostrar o meu futebol…”. Carnaval, então, declarou: “Vou te levar para o Paysandu!”.

Mas quase a história não teve final feliz. “Não, Carnaval, para mim chega de clube grande! Vou voltar a bater minha bola no subúrbio, mesmo”, respondeu Quarentinha. Para o bem do futebol paraense, de tanto insistir, Carnaval conseguiu dobrar Quarentinha. Na Curuzu, Quarentinha foi recebido de outra maneira, pois o técnico Rafael Bria lhe dedicou atenção especial.

O Paysandu treinava para jogar um amistoso contra a Tuna Luso, no domingo, e Quarentinha deu sorte, pois o camisa 10 do Papão, Laxinha, acabou se contundindo, o que fez com que Bria lhe desse a camisa do meia maranhense e, assim, Quarentinha fez a sua estreia, na data de 29 de junho de 1955. A Tuna venceu por 3 a 0, mas Quarentinha fez uma boa exibição, o que agradou ao técnico Rafael Bria, e ele nunca mais sairia da equipe bicolor, a não ser por contusão ou para cumprir medida disciplinar. A história estava sendo escrita.

O LIVRO

  • Ferreira da Costa já está com o livro pronto. Ele terá como título “Quarentinha, Craque Eterno” e será constituído por 160 páginas. O escritor espera pelo apoio de Paysandu, PMB, Governo do Estado e FPF para a impressão da obra. O lançamento acontecerá na 1ª quinzena de novembro em data a ser anunciada.