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Lutadora paraense conquista cinturão nos EUA

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O Pará voltou a escrever seu nome na história do MMA – acrônimo inglês que traduzido para o português quer dizer Artes Marciais Mistas -, desta vez com a brilhante participação de Rayanne dos Santos, de 27 anos, na 53ª edição do “Invicta FC”. A lutadora local, que pertence a uma família de praticantes de jiu-jitsu, como ela própria, desembarcou, ontem à tarde, no aeroporto de Val-de-Cães, em Belém, trazendo na bagagem o cinturão de campeã do peso-átomo (47,6 kg), conquistado na última quarta-feira, no Colorado (EUA) ao derrotar a norte-americana Jillian DeCoursey.

Com a vitória, Rayanne passou a ser a terceira lutadora brasileira e a primeira paraense a ganhar o cinturão da categoria. Motivo de orgulho para os praticantes deste esporte no Brasil e, claro, em especial para a família da atleta, que acompanha a carreira dela no MMA desde o seu início. “Minha filha era praticante de jiu–jitsu, como eu, minha esposa e dois outros filhos, mas, após acompanhar um evento de MMA em Salinópolis, ela se encantou e acabou migrando para a modalidade”, explicou, ontem, pouco antes do desembarque de Rayanne, o pai da lutadora, Marcelo Santos, de 43 anos.

Rayanne entrou para a luta contra a americana como desafiante ao título dos átomos, mas atuou no cage como se fosse a campeã da categoria. A atleta aplicou os melhores golpes no combate e não deu chance para DeCoursey. Tanto que a paraense levou a melhor sobre a adversária por decisão unânime. A lutadora paraense estava nos Estados Unidos há quatro meses. Depois de ter participado de um evento em janeiro, ela já permaneceu por lá, treinando para encarar e vencer Jillian DeCoursey.

“Achamos que seria melhor ela continuar nos Estados Unidos treinando já que surgiu a oportunidade de lutar pelo cinturão”, explica Marcelo, que integra a equipe de treinadores de Rayanne, sendo responsável pela parte do jiu-jitsu, modalidade na qual é faixa preta, assim como sua esposa e mãe da atleta, Jack dos Santos, e dois dos outros três filhos do casal. “Só a Isabella, de sete anos, ainda não é praticante do jiu-jitsu”, conta Marcelo.

Rayanne, que adotou o MMA em 2015, contando em seu cartel com 14 vitórias e seis derrotas, na época em que era praticante do jiu-jitsu chegou a abrir uma academia, no bairro da Condor, na qual desenvolvia um projeto social, ensinando a arte marcial a garotos carentes do local. “Por não dispor de tempo, ela acabou fechando a academia e abandonando o projeto. Mas minha filha tem a ideia de reativar o projeto no futuro”, revela Marcelo. Quem sabe se agora ensinando não só a arte do jiu-jitsu, mas também do MMA, com a chancela de uma grande campeã.