Bola

Léo Lang promete lutar para conquistar espaço no Remo

Tylon Maués

Em sua primeira entrevista como jogador do Remo, o goleiro Léo Lang falou, obviamente, da disputa pela camisa um do Leão Azul, que desde 2017 é um feudo de Vinícius, maior ídolo do clube nas últimas temporadas. Aos 25 anos, ele garante ter uma rodagem boa para disputar a posição, que conta também com Marcelo Rangel, outro recentemente contratado. O jogador se disse muito satisfeito com o que encontrou no Baenão, o que só reforçou a certeza que afirma ter tido ao aceitar o convite azulino.

“Ainda não tinha vindo a Belém, acompanhava o clube de maneira remota, por jogos, mas chegando aqui a gente vê o profissionalismo do clube de todos os departamentos”, disse. “O clube está muito bem estruturado e organizado em todos os sentidos. A gente sabe que isso é importante para o decorrer do ano”, completou Lang.

O goleiro comentou que a possibilidade de ter uma visibilidade maior com um clube de massa também foi um grande atrativo para encarar o desafio de jogar pela primeira vez no na região Norte. “O clima é um pouquinho difícil, um pouco mais desgastante do que nos outros lugares, mas a gente vem trabalhando e se cuidando tanto no clube quanto extracampo para que a gente possa evoluir cada vez mais”. Em entrevista coletiva, Lang falou da cidade, do novo clube, do exemplo profissional dado por Vinícius e do que achou de ter experimentado maniçoba.

Vinícius

“Eu já acompanhava o trabalho do Vinícius há um bom tempo. Ainda não o conhecia, mas sempre acompanhei e chegando aqui eu entendi o porquê de ele ser ídolo do Remo. É um cara extremamente dedicado, completamente profissional, que me recebeu muito bem e para mim é um prazer imenso estar dividindo o dia a dia com ele. Respeito muito tudo que ele fez e tudo que ele vier a fazer aqui ainda, mas venho trabalhando muito também, querendo aprender muito com ele, juntamente com o Juninho, preparador de goleiros, para que a gente possa estar cada vez mais evoluindo para ajudar o clube. Eu acho que vai ser uma disputa muito sadia. Lógico que todo mundo quer o seu espaço, todo mundo quer jogar, mas o respeito sempre tem que prevalecer. A gente sempre vai fazer o nosso melhor, dentro e fora de campo, independente do que aconteça aqui em jogo, para que a gente possa conquistar todos os nossos objetivos do ano”.

Desafio

“Desde que recebi o convite fiquei muito feliz. Eu também já acompanhei muito o Clube do Remo, sempre acompanhei os jogos. Mas, chegando aqui em Belém, a gente começa a ter uma dimensão do que é o clube. Desde o primeiro contato na chegada aqui na cidade, no aeroporto, a gente viu o tamanho e o profissionalismo de todos os departamentos. Muitos profissionais capacitados, desde a diretoria a todo o estádio, o pessoal que presta os serviços para a gente. Então, quando a gente chega num clube assim, a adaptação se torna muito mais fácil e muito mais rápida. O mínimo que a gente tem que fazer é retribuir isso no dia a dia com muito empenho, muita dedicação, para que a gente possa começar a plantar as coisas a partir de agora”.

Experiência

“A gente considera 25 anos pouca idade para goleiro, mas eu já passei por vários momentos que me fizeram trazer uma certa bagagem para cá. Estava disputando uma Série B que também foi muito difícil e venho com alguns aprendizados. O que a gente espera é o que eu vim fazer aqui, assim como todos os meus companheiros, é ter sucesso. O Remo tem a marca do sucesso e a gente, conhecendo a história do clube e agora acompanhando de perto, fica a certeza que o Remo tem que estar na maior prateleira do futebol brasileiro, por toda a história, por tudo que já fez e por tudo que vai vir a fazer. Então, o que a gente almeja aqui é concluir os objetivos, respeitar muito a história, respeitar muito o torcedor que a gente sabe que é muito importante para o clube”.

Cobrança

“O torcedor é apaixonado, ainda mais aqui, onde já vivenciou grandes momentos com o Remo. Então, a gente quer devolver isso ao torcedor. A gente vê que o clube vem se mobilizando de uma maneira muito positiva para que a gente chegue aos nossos objetivos. A gente sabe que não é fácil, a Série C a cada ano vem se tornando mais competitiva e exige um nível de entrega e de profissionalismo muito grande do início ao fim da competição. Em 2023 é um parâmetro do que aconteceu aqui. O Remo teve um início muito ruim, foram quatro derrotas seguidas. Isso talvez possa ter comprometido a temporada inteira. Então, a gente sente sim que o torcedor tem essa pressão e tem essa vontade, esse desejo do acesso. O clube já demonstrou que tem o mesmo objetivo e, conforme os atletas vêm chegando, a gente vem evoluindo no nível técnico e tático. Lógico que tem vários outros desafios no meio do caminho, a gente tem o campeonato estadual que também é muito importante, a gente tem a Copa do Brasil que a gente sabe que é muito importante para o clube, temos a Copa Verde também, então o clube vem se mobilizando e a gente também para voltar a devolver isso para o torcedor”.

Torcedor

“Chegando aqui em Belém a gente vê que aqui é diferente ao ver o carinho do torcedor. A gente vai ao supermercado e recebe esse carinho, a gente recebe também essa cobrança e estamos prontos para encarar isso. A gente sabe o que é o Remo e o que o torcedor pode fazer pela gente. E isso é grandioso para qualquer atleta. Todo atleta hoje que está aqui, que está fazendo parte desse processo, quer aproveitar essa visibilidade que o Remo e a torcida te dão. Com certeza é uma cobrança muito maior do que a dos meus dois últimos clubes. E eu quero aproveitar isso da melhor maneira possível. Estou pronto para o desafio, me sinto completamente preparado”.

Titularidade

“Respeito muito o Vinicius e eu entendi tudo o que ele conquistou depois que eu cheguei aqui. Mas, a gente tem que sempre almejar voos também na nossa carreira e é isso que eu vim fazer aqui. Eu vim atrás de uma sequência. Primeiramente ajudar o clube, contribuir independente da situação que você está, como titular ou suplente. A gente tem que sempre contribuir pro dia a dia do clube para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. Mas, todo mundo quer jogar e seria hipócrita se dissesse que esse não é meu objetivo. Quero sim jogar, quero sim trabalhar e evoluir, ter minha sequência, mas sempre respeitando os meus companheiros”.

Belém

“Quero conhecer os lugares, conhecer a cultura e venho ouvindo as pessoas daqui. Isso é muito interessante e muito importante. Eu sou casado, a minha esposa já está aqui comigo e para ela isso é importante também, essa adaptação. Ela é uma pessoa super adaptável e está gostando muito daqui, assim como eu também. Estamos em clima de final de ano, de festa, que é tudo um pouco mais corrido, a pré-temporada é um pouquinho mais desgastante também, mas com certeza quando a gente tiver um tempinho a mais a gente quer fazer parte da cultura daqui também, experimentando os pratos típicos, conhecendo também esses pontos turísticos aqui que são lindos. É uma baita cidade e a gente está muito feliz e muito bem estabilizado aqui. Ainda não tivemos a oportunidade de experimentar todos os pratos típicos, só a maniçoba e foi aprovada. Ainda falta tacacá, pato no tucupi, vatapá, mas com certeza a gente vai experimentar tudo”.