Sem chances de acesso à Série B do Brasileiro, resta ao Paysandu dar explicações ao seu torcedor, que irá disputar a quinta temporada seguida na Terceira Divisão Nacional. Com Maurício Ettinger em São Paulo, resolvendo problemas particulares e sem contar com Fred Gomes, que deixou o clube na última semana, restou ao coordenador técnico, Ricardo Lecheva, responder as inúmeras perguntas da coletiva de imprensa.
Ídolo do Paysandu, Lecheva participou da montagem do elenco e indicou nomes como Dioguinho, Gabriel Davis e Dênis Pedra, por exemplo. Nenhum deu certo. Apesar da credibilidade com a Fiel, por conta de marcar época no momento de maior glórias do clube, ele também é responsável direto pelo fracasso na temporada.
“Lamentamos demais! Quando mais precisávamos, não ter conseguido o êxito. A torcida sente muito por passar mais um ano na Série C e a diretoria tem o mesmo sentimento. Ainda buscamos razões para a queda de rendimento no quadrangular”, disse Lecheva.
Acompanhe o resto da coletiva:
MÁRCIO FERNANDES:
“Temos o jogo de sábado, o Márcio continua sendo treinador do Paysandu. Ao final da temporada, como de costume, terá uma reunião para fazer os levantamentos. Existe um tempo hábil para a Copa Verde e nós iremos nos reunir para saber o que será feito com o restante da comissão técnica”.
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ELENCO:
“Todos os atletas têm contrato até o dia 15 de outubro, com cláusula de extensão até o final da Copa Verde. No início da temporada não tínhamos as datas definidas dessa competição, então tivemos essa preocupação para não acontecer o que aconteceu no ano passado. Colocamos uma cláusula nos contratos para caso o clube entendesse que seria importante que esses atletas continuassem para a Copa Verde, eles seriam obrigados a prorrogar o contrato”.
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ELENCO 2:
“Ainda não tem nada definido ainda, nós temos o jogo contra o Vitória. É importante, sim (vencer). Apesar de não estar valendo vaga, mas é a camisa do Paysandu que vai entrar em uma competição nacional e temos que fazer uma boa partida. Temos um retrospecto bom jogando em casa”.
RICARDINHO:
“O Ricardinho fez todos os exames quando chegou aqui e não foi constatada nenhuma lesão crônica. Nós acreditamos no atleta e enquanto ele esteve em campo correspondeu tudo o que esperávamos, não só pela parte técnica quanto pela liderança junto ao elenco. Infelizmente, ele se lesionou e não pode mais jogar”.
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FRED GOMES:
“Essa decisão foi tomada pela diretoria e fui apenas comunicado. Não entraram em detalhes. A princípio, parece que ofereceram um acordo, mas ele não aceitou e achou melhor sair. Isso pegou a todos de surpresa, pois nunca houve nenhum problema de relacionamento aqui dentro”.
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INEXPLICÁVEL:
“Futebol tem nuances que é quase impossível explicar. Temos noção do que fazer, mas muitas coisas nos fogem. Em nosso primeiro jogo do quadrangular, perdemos um atleta com sete minutos do primeiro tempo, fazendo com que jogássemos quase 90 minutos com um a menos e mesmo assim nos impomos. Aqui na Curuzu, com um homem a mais, perdemos. Tomamos um ‘gol espírita’ em Florianópolis que nem o Thiago (Coelho) e nem os zagueiros sabem explicar a direção que a bola pegou. Uma resposta lógica para essa queda de rendimento no final eu não tenho. Mas, com exceção dessa última partida, o Paysandu sempre se impôs em campo. O que não faltou foi empenho, trabalho para manter todos os compromissos em dia”.
DIOGUINHO E GABRIEL DAVIS:
“O Dioguinho vinha em um ano muito bom (no Remo) e teve a temporada dele comprometida por problemas extracampo. Aqui ele nunca teve nenhum problema, algo que atestei por conhecê-lo. Sempre se dedicou e foi exemplar. Cada treinador tem sua filosofia de trabalho e tem que ser respeitado, talvez ele não tenha se encaixado bem. O Gabriel Davis veio de três boas temporadas no Manaus-AM, acho que poderia ter entregue muito mais, mas a decisão do treinador tem que ser respeitada. Eu acho que eles ainda podem render muito ao Paysandu”.
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“O José Aldo é o único atleta que foge um pouco do nosso controle. Ele está emprestado e estamos há algum tempo em uma negociação para fazer algo como foi feito com o Marlon (aquisição dos direitos econômicos e federativos). Ele tem entregado muito ao Paysandu, tem muita identidade com a torcida, mas não depende apenas da nossa vontade. O Marlon sofre assédio, mas temos os direitos dele e isso não nos preocupa. Óbvio que se chegar uma proposta muito boa nós negociamos”.
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SITUAÇÕES EXTRACAMPO
“Talvez tenha afetado o Marcelo Toscano, mas isso é difícil de saber. Na equipe não vi nenhuma situação. O Douglas também teve um problema na família logo após se recuperar de uma lesão. São coisas que tratamos internamente e damos todos os suportes aos atletas. Mas, quanto à questão do Toscano, não notamos nenhum problema aqui no dia a dia”.
PROTESTO DA FIEL:
“Espero que haja uma recepção amigável. O que posso dizer ao torcedor, que me conhece muito bem, que nunca faltou dedicação total do elenco, da comissão técnica e da diretoria. Mas, no futebol nem sempre as coisas acontecem como queremos. O torcedor está triste por essa e por outras temporadas e entendo isso. Estamos tristes, mas temos que nos levantar e iniciar aproveitando o que de bom foi feito aqui. Qualquer protesto da torcida é válido e de direito dela, mas não acredito em violência”.
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PREMIAÇÃO:
“Não foi discutido o que fazer com essa premiação. É bom frisar que o grupo nunca discutiu sobre prêmios. O que foi oferecido foi aceito. O elenco todo, todo sempre foi muito profissional. A convivência e o profissionalismo podem ser colocados em dúvida. Nunca aconteceu nenhum problema aqui nesse ano”.