Foi uma estreia em grande estilo na fase de grupos da Série C. Jogando bem, o Remo superou o Botafogo paraibano por 2 a 1, na tarde-noite de sábado, no estádio Mangueirão, diante da vibrante presença de 44 mil torcedores. Dois belos gols de Pedro Vítor garantiram o triunfo azulino. Sillas, ex-remista, descontou na cobrança de um pênalti.
Sobrou emoção e intensidade. O Remo impôs um ritmo forte, ocupando os espaços e avançando pelos lados, sob o incentivo dos torcedores. Com isso, enfileirou várias chances logo nos primeiros minutos, deixando o Botafogo acuado em seu campo de defesa.
Diogo Batista e Raimar impulsionaram as ações, contribuindo para a pressão de Pedro Vítor e Rodrigo Alves sobre a última linha do Botafogo. Aos 15 minutos, veio o primeiro lance polêmico. Pedro Vítor cruzou e a bola tocou na mão do zagueiro Romércio. O pênalti foi marcado, mas o árbitro Lucas Casagrande (PR) anulou após revisar a jogada.
A maneira consistente como o Remo se organizou na defesa, no meio e no ataque garantiu ao time o controle do jogo, em total sintonia com os gritos da torcida. Por volta dos 20’, Ytalo desviou rasteiro dentro da área e Pedro Vítor disparou por cima do gol de Dalton.
Seis minutos depois, uma explosão de alegria sacudiu o Mangueirão. O gol que abriu caminho para a vitória nasceu de uma arrancada de Rodrigo Alves, que foi à linha de fundo e cruzou à meia-altura. Pedro Vítor fechava pela direita e desviou com um toque sutil, encobrindo o goleiro alvinegro.
O Remo quase ampliou em seguida. Ytalo recebeu passe de Jaderson na marca penal e mandou um chute forte que bateu no travessão, após um leve desvio na zaga.
Uma manobra que envolveu Raimar, Pavani e Ytalo resultou em passe sob medida para Pedro Vítor chutar de sem-pulo com o pé esquerdo no canto do gol. Outro bonito gol para aumentar a festa azulina no Mangueirão.
O placar fazia justiça ao melhor futebol apresentado pelo Remo, que não permitia espaços ao Botafogo e levava constante perigo nas subidas ao ataque. O único momento de baixa aconteceu entre os 30 e os 38 minutos, quando o visitante avançou suas linhas e criou três boas chances.
Jô e Pipico mandaram chutes à esquerda do gol de Marcelo Rangel após dois escanteios seguidos. O lance que mais assustou a torcida foi a bola rebatida na perna de Jaderson que quase enganou o goleiro.
Aos 40′, uma manobra rápida envolvendo Raimar, Pavani e Ytalo resultou em passe sob medida para Pedro Vítor chutar de sem-pulo com o pé esquerdo no canto esquerdo do gol, cravando Remo 2 a 0. Delírio no Mangueirão.
Na segunda etapa, o jogo reiniciou com forte movimentação do Botafogo, buscando chegar ao gol com cruzamentos em direção à área do Leão. Aos 11 minutos, Romércio cabeceou e a bola tocou na zaga do Remo. O árbitro Lucas Casagrande marcou pênalti e o VAR não recomendou revisão, apesar dos protestos do time azulino. Sillas bateu e diminuiu.
Em dois lances agudos, o Remo quase ampliou. No primeiro, Ribamar recebeu passe de Pedro Vítor, invadiu a área e chutou sobre o goleiro Dalton, desperdiçando grande oportunidade. Logo em seguida, Marco Antônio driblou um marcador e bateu cruzado para boa defesa de Dalto.
Os minutos finais se limitaram aos cruzamentos do Botafogo em busca do empate, mas a zaga azulina se manteve firme. O triunfo foi festivamente saudado pela multidão no estádio e com a participação dos jogadores.
Principais nomes no Leão: Pedro Vítor, Pavani, Diogo, Raimar e Rodrigo Alves. No Botafogo, Dalto e Jô foram os que mais se destacaram.
Esli García ajuda Papão a arrancar empate
Ninguém entende direito como Esli García é reserva no PSC. É o melhor atacante do elenco e o artilheiro do time na Série B (6 gols), mesmo atuando apenas por poucos minutos na maioria das partidas em que entrou. Para o técnico Hélio dos Anjos, o venezuelano é apenas uma alternativa na formação do time. Para a torcida, ele é uma espécie de talismã.
Ontem, em Goiânia, o pequenino Esli mostrou outra vez o seu valor. Na reta final de uma partida difícil, com nova derrota se desenhando, a entrada do atacante fez total diferença. Em lance individual, ele recebeu na área e desferiu um chute perfeito, sem chances para o goleiro Tadeu.
No fim das contas, o empate fez justiça ao bom desempenho do PSC na primeira etapa, quando conseguiu controlar o ímpeto do Goiás e andou cercando a área adversária, através de Yony González e Juninho.
Muito desfalcado – nove baixas –, o PSC formou um time diferente do meio para a frente, com a presença de Matheus Trindade ao lado de João Vieira e a dupla Robinho e Netinho cuidando da armação de jogadas. No ataque, Juninho funcionava como o jogador de aproximação com Yony, o atacante mais avançado.
O PSC teve uma boa chance, no final do primeiro tempo, em cobrança de falta de Netinho, que obrigou Tadeu a uma boa defesa.
Na segunda etapa, o Goiás fez substituições e voltou mais agressivo nas investidas de ataque. Tiago Galhardo e Paulo Baya passaram a se aproximar, criando situações de perigo. Até que, aos 17 minutos, uma rápida troca de passes culminou com o gol de Rafael Gava.
Por alguns minutos, o Goiás mostrou mais desenvoltura e tentou forçar em busca de outro gol, mas errou nas finalizações. Aos 32’, Esli recebeu um passe pelo lado esquerdo da área, limpou a jogada e bateu cruzado, vencendo Tadeu. Um belo gol, bem ao estilo de outros que o atacante já marcou com a camisa bicolor.
O Goiás entrou então em desespero e perdeu ainda duas oportunidades. Na primeira, Galhardo errou a passada na hora de finalizar. Depois, Paulo Baya bateu falta com perigo à direita da trave de Diogo Silva.
Nas circunstâncias, um resultado positivo para o PSC, que escapou de uma derrota em território inimigo. O empate mantém a equipe em 15º, com 27 pontos. O Papão terá agora uma sequência de dois jogos na Curuzu, contra o Amazonas (na quinta-feira, 5) e o Guarani (sábado, 14).