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Leão muda em busca do milagre

O Remo faz um jogo decisivo nesta segunda FOTO: SAMARA MIRANDA / REMO
O Remo faz um jogo decisivo nesta segunda FOTO: SAMARA MIRANDA / REMO

Leão muda em busca do milagre

O Remo volta a campo na segunda-feira, no Mangueirão, contra a Aparecidense, tentando a todo custo se aproximar do G8 da Série C. Com 19 pontos, o time é o 10º colocado. Para sonhar com classificação precisa chegar a 29 pontos. O problema é que restam só duas vagas e quatro times, incluindo o Leão, estão diretamente na briga.

Com 19 pontos, o Remo terá pela frente a Aparecidense (casa), Confiança (fora), Londrina (casa) e São José (fora). Tem que vencer três jogos e empatar um. Uma possível vantagem é enfrentar o Londrina em Belém e o São José fora de casa, mas já rebaixado.

O Tombense tem 21 pontos e vai jogar contra o Volta Redonda (fora), CSA (casa), Botafogo-PB (casa) e Ferroviário (fora). A caminhada é menos íngreme que a dos azulinos, pois precisa de oito pontos para se garantir.

Já o Figueirense, com 22 pontos, terá a seguinte rota: Botafogo (fora), Londrina (casa), São José (casa) e Volta Redonda (fora). Se conquistar mais 7 pontos, o Figueira  garante vaga na etapa de grupos.

Quem está em situação mais cômoda é o Londrina. Tem 24 pontos, precisa de mais cinco e tem os seguintes jogos para alcançar essa pontuação: Floresta (casa), Figueirense (fora), Remo (fora) e Náutico (casa).

Ao time paraense resta se empenhar em ganhar os jogos que tem pela frente, a começar pelo confronto com a Aparecidense. Os treinos da semana indicam que seis mudanças podem estar a caminho.

A zaga volta ao sistema de quatro zagueiros, contando com Ligger e Bruno Bispo (ou João Afonso) na faixa central. Sávio estreia na lateral-esquerda, assim como Bruno Silva no setor de meio-campo. Kelvin deve entrar na aproximação com o ataque, formado por Marco Antônio e Ribamar.

Todas as modificações foram testadas ao longo da semana, depois da derrota para o Figueirense na rodada anterior. As cobranças pelo visto surtiram efeito, a começar pelas saídas de Guilherme Cachoeira e Ytalo do time titular.

Crise interna põe em risco a campanha do Papão

Ainda sob a turbulência da crise que eclodiu entre o técnico Hélio dos Anjos e o executivo Ari Barros, o PSC parte para um jogo duríssimo diante do Vila Nova, em Goiânia, nesta segunda-feira. Com 23 pontos, o Papão está na 14ª colocação, sob risco de ser superado pelo Amazonas.

O jogo de vaidades agita o ambiente em meio aos desafios de uma competição naturalmente difícil, cujo 1º turno termina nesta rodada. Com o time em queda, com duas derrotas seguidas, os responsáveis pelo futebol do clube parecem empenhados em agravar ainda mais a situação.

O vazamento de uma lista de dispensas entregue pelo técnico à diretoria, na quinta-feira (1), marca o mais recente capítulo da guerra de egos na Curuzu, adicionando mais combustível ao incêndio que os gestores não conseguem debelar.

Os nomes de oito funcionários constam da lista divulgada na sexta-feira (2) com exclusividade pelo DOL. Além de Ari Barros, os “dispensáveis” são profissionais que trabalham no clube há alguns anos. Óbvio que o fato novo adiciona mais ruídos à relação entre comissão técnica e equipe auxiliar.

Quanto ao time, além da volta da dupla titular da zaga, Quintana e Lucas Maia, o atacante Ruan Ribeiro deve ser mantido, depois que se confirmou a ausência de Nicolas devido a uma contusão.

Bia e o ouro arrancado com suor, lágrimas e mérito

A judoca Bia Souza, 25 anos, é a dona do único ouro ganho pelo Brasil até agora nos Jogos Olímpicos de Paris. Com arrojo e qualidade, superou ao longo da caminhada adversárias mais cotadas do que ela.

As lágrimas escorreram generosamente após a conquista, emocionando a todos. A cena é recorrente entre os atletas, mas Bia tem motivos fortes para reagir de forma tão comovente. Ela enfrentou a perda da avó há cerca de um mês, além de sofrer lesões sérias nos braços.

Como Caio Bonfim e Rebeca Andrade, Bia é bolsista do programa Bolsa Atleta, instituído por Lula em 2004 para ajudar e incentivar os esportistas brasileiros, olímpicos ou não. A conquista deles prova que o país está no rumo certo para se tornar cada vez mais forte nas competições.

Bola na Torre

O programa vai ao ar às 22h deste domingo, na RBATV, sob o comando de Guilherme Guerreiro. Na bancada, Giuseppe Tommaso e este escriba baionense. Em pauta, as rodadas das séries B e C. A edição é de Lourdes Cezar.

Vaias ao racismo na apresentação argentina em Paris

O hino nacional da Argentina foi vaiado por boa parte da torcida presente no Stade de Bordeaux, onde ocorreu o jogo contra a França pelas quartas de final do torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos Paris-2024. Os argentinos acabaram eliminados após derrota por 1 a 0.

Tudo em consequência da música racista e xenofóbica cantada pelos jogadores da seleção argentina nos festejos da conquista da Copa América. A letra da música faz menção racista aos jogadores negros da seleção francesa.

A repercussão do episódio foi extremamente negativa, embora Fifa e Conmebol não tenham tomado providências a respeito. O autor da live que mostrou ao mundo os jogadores insultando os franceses, o meia Enzo Fernández, retornou ao Chelsea após as férias e sentiu o clima ainda carregado.

Na sexta-feira, antes do jogo, o anúncio de uma emissora de TV da Argentina reacendeu o racismo ao mostrar torcedores cantando a tal música racista. Nada de novo se considerarmos a prática argentina de insultar adversários, inclusive brasileiros, frequentemente chamados de “macaquitos”.

Por Gerson Nogueira