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Leão Azul agora tem dois clássicos Re-Pa

Azulinos deixam a euforia da classificação na CV para pensar nos jogos com a Tuna, pela semi do Parazão. FOTO: SAMARA MIRANDA-REMO
Azulinos deixam a euforia da classificação na CV para pensar nos jogos com a Tuna, pela semi do Parazão. FOTO: SAMARA MIRANDA-REMO

Tylon Maués

Quando perdeu por 1 a 0 para o Porto Velho-RO e deu adeus à Copa do Brasil, a ordem no Clube do Remo era virar a chave para pensar nos objetivos que ainda estavam pela frente. De lá para cá, houve uma troca de técnico, além de saídas e vindas de jogadores. Sob o comando do técnico Gustavo Morínigo, o time azulino teve uma melhora técnica e, principalmente, um crescimento mental exponencial que o fez encarar duas vezes o Amazonas-AM, saindo atrás no placar e buscar uma vitória e um empate que garantiram ao time azulino a classificação para a Copa Verde, onde vai enfrentar o Paysandu em dois clássicos para decidir a competição, em busca do bicampeonato.

O placar de 2 a 2 de sábado à noite na Arena da Amazônia foi suficiente para a classificação por causa do jogo de ida, quando o Remo venceu por 2 a 1 no Baenão. Se em Belém o confronto já foi difícil, na volta os méritos foram até maiores. O time da casa abriu 2 a 0 no primeiro tempo em um placar que poderia ter sido muito maior. A apatia azulina só não foi maior pelo sentimento de que ‘poderia fazer mais gols quando quisesse’ que se apossou da Onça Pintada. Tivesse sido mais ambiciosa, os dois gols de William Barbio não teriam sido em vão. Isso porque tudo mudou na etapa final.

O segundo tempo foi todo do Clube do Remo, que foi superior tecnicamente e fisicamente. Sem afobação, com os pés no chão, o time paraense manteve a bola no chão para chegar ao resultado que lhe interessava. O tempo dos dois gols foi sintomático disso. O centroavante Ytalo diminuiu aos 10 minutos e o empate veio somente aos 44, sem dar maiores chances de reação ao adversário. O Amazonas ainda tentou nos acréscimos, mas a melhor chance ficou nas mãos do goleiro Marcelo Rangel, que defendeu com segurança um chute do centroavante Jô.

AVALIAÇÃO INTERNA

O comandante azulino comentou sobre o desempenho de sua equipe, que conseguiu superar um começo ruim para chegar à virada. “No primeiro tempo já percebemos que alguns jogadores ainda não estavam caprichando e precisávamos fazer algumas mudanças. Não fomos bem, não trabalhávamos bem na posse de bola e nem na finalização. Por isso mudei cedo. Mas, temos que reconhecer que enfrentamos um grande adversário também, um adversário muito bem trabalhado, difícil para qualquer time”, disse Morínigo. “Não conseguimos manter a posse de bola, nem fazer mais de três toques. O problema era marcar e atacar em transição. Não conseguimos pegar o balão, não conseguimos rodar. Ao final do primeiro tempo, quando conseguimos modificar, conseguimos ter superioridade”.

Autor do primeiro gol do remo na capital amazonense, o centroavante Ytalo voltou a marcar depois de um longo tempo. “Muito feliz com mais um gol pelo Remo. Mais feliz ainda pela classificação”, comentou o azulino, que também analisou a forma como o time se portou em campo e soube superar as dificuldades até chegar ao resultado que interessava. “Começamos o jogo muito abaixo da nossa qualidade. Mas, no segundo tempo, com garra, conseguimos fazer nosso jogo até chegarmos à classificação”.