GERSON NOGUEIRA

Leão avança e encara novo desafio; 'Speedy' é a esperança do Papão

O Clube do Remo está classificado para o quadrangular decisivo da Série C, chega muito embalado na busca pelo acesso para a Série B
O Clube do Remo está classificado para o quadrangular decisivo da Série C, chega muito embalado na busca pelo acesso para a Série B. Foto: Samara Miranda/ascom Remo

Foram 90 minutos de deixar qualquer torcedor azulino com os nervos em frangalhos. O empate sem gols com o São José, em Porto Alegre, garantiu a sonhada classificação à 2ª fase da Série C, com a ajuda de dois outros resultados – Londrina e Volta Redonda despacharam Náutico e Figueirense. O problema é que até os minutos finais o risco de uma decepção se manteve vivo, embora em campo o time fizesse sua parte.

Aliás, a atuação do Remo foi dentro do esperado, embora abaixo do rendimento diante do Londrina na penúltima rodada. Estratégico, o time evitou se expor excessivamente, contornando o ímpeto ofensivo do rebaixado São José e só avançando ao ataque em doses homeopáticas.

É bem verdade que no primeiro tempo a casa quase caiu, quando Douglas na pequena área acertou o travessão de Marcelo Rangel, lance que assustou pela facilidade que o ataque gaúcho teve para manobrar em cima d/a zaga azulina. O Remo também ameaçou em cruzamento rasante que Pedro Vítor quase acertou. Depois, o próprio Pedro Vítor recebeu na área e bateu forte, mas a bola desviou na zaga.

No 2º tempo, principalmente nos primeiros 15 minutos, o São José foi mais agudo e forçou as jogadas sobre a última linha remista. Em várias investidas, a bola andou rondando perigosamente o gol de Marcelo Rangel, que fez três grandes defesas.

O melhor momento do Leão aconteceu com Raimar, que avançou na diagonal em direção à grande área, driblou dois marcadores e foi desarmado quando preparava o arremate. Detalhe: quem fez o desarme foi Ribamar, que ficou com a bola e mandou um chute torto por cima do gol.

Um lance que poderia fazer uma falta tremenda caso o Remo tivesse dependido de uma vitória para classificar. Ribamar agiu com o impulso típico de centroavante, mas deixou de observar a trajetória do ala, que vinha em disparada e se preparava para o chute.  

No fim das contas, valeu a comemoração pela conquista obtida em jogo tenso e de forte resistência por parte do São José, visivelmente empenhado em tirar pontos dos azulinos. Prova óbvia de que a mala invisível se fez presente no estádio Passos D’Areia.

Mais do que boas atuações individuais, o Remo teve a concentração necessária para buscar o resultado que lhe interessava. Fez isso com disciplina e seriedade, sem arrefecer jamais o ímpeto de marcação. Classificação justa e merecida pela arrancada final do Leão.  

Desafios de uma competição completamente diferente

Ao contrário da primeira fase, quando os 19 jogos são disputados sem volta, a segunda etapa da Série C tem dois grupos de quatro times, com partidas em ida e volta. O Remo enfrenta Botafogo-PB, São Bernardo e Volta Redonda. Serão seis jogos, nos quais o Leão terá que buscar vencer os adversários em Belém e tentar ganhar pontos como visitante.

Na Série C 2023, o PSC conquistou o acesso classificando-se em segundo lugar no seu grupo, com 10 pontos – o Amazonas foi o 1º colocado, com 12. No outro grupo, o Brusque ganhou 13 pontos e o segundo, Operário-PR, conquistou 7.

É importante ressaltar que agora a competição muda por completo. Os times precisam pontuar e minimizar os erros, levando em conta que qualquer ponto perdido beneficia diretamente os concorrentes.   

Yony pode ser a novidade do Papão contra o Mirassol

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

São seis jogos sem vitória, com vários desfalques e uma crise no meio do caminho. Em 16º lugar, o PSC vive um de seus piores momentos na Série B justamente porque se aproximou excessivamente do Z4. O Mirassol, adversário desta noite (18h30), é o 3º colocado no campeonato e faz uma campanha direcionada ao acesso.

É um time que joga pragmaticamente, conquistando muitos pontos fora de casa com um esquema fechado e rápido nas saídas. Ao Papão cabe se resguardar dos contra-ataques e, ao mesmo tempo, investir na busca pelo gol, a fim de se impor dentro da Curuzu.

O retorno do volante João Vieira e do lateral-direito Edilson reforçam o Papão, que apresentou muitas falhas e fragilidades diante do Avaí, na rodada passada. A ausência de ambos contribuiu muito para os problemas enfrentados pela equipe na partida.

Na parte ofensiva, porém, o PSC segue com dificuldades flagrantes. Nicolas voltou a atuar discretamente, o que comprometeu a estrutura de ataque, já enfraquecida sem Borasi, Paulinho Boia e Jean Dias, lesionados.

O atacante Yony “Speedy” Gonzalez, recém-contratado, deve ser a novidade entre as opções do técnico Hélio dos Anjos para o jogo. Estava no Atlético-GO, onde disputou 13 jogos, sem fazer gols. Yony é o quinto estrangeiro do elenco bicolor nesta Série B.

Edgar Augusto lança novo livro no sábado

Meu querido amigo e irmão botafoguense Edgar Augusto, jornalista e radialista da pesada, lança no próximo sábado (31) o seu terceiro livro, “Assino Embaixo”, coletânea das crônicas que publica semanalmente aqui no DIÁRIO. O encontro será no Núcleo de Conexões Ná Figueiredo.

O livro tem prefácios caprichados de Edyr Augusto e José Otávio Figueiredo, fotos de Max Reis, arte gráfica de Andréa Pinheiro e capa de Paulo Emílio Campos de Melo.

Como convém, o nosso Edgar lança o livro em clima de festa e alegria, com um show de Andréa Pinheiro, Bob Freitas (guitarra), Nego Nelson (violão) e Arlindo Dadadá Castro (percussão). Um seleto time de feras, parece até o Botafogo. Todo mundo lá!