Tylon Maués
O confronto com o Floresta-CE deste domingo, na Curuzu, é encarado pelos bicolores como a primeira das onze decisões que terão pela frente na primeira fase da Série C. Na antepenúltima posição da competição, e com aspirações de chegar entre os oito primeiros colocados, os jogadores sabem que não há mais gordura a queimar, o tempo da recuperação já passou. Na última terça-feira os atletas se reuniram para tratar do assunto. Pressão, carreira, falta de treinos, tudo foi tratado entre eles e foi firmado uma espécie de pacto para que o fim de ano do Papão seja de alegria e não de decepção.
Um dos mais experientes e, definitivamente, o mais vencedor dentro do elenco, o meia Robinho falou sobre o assunto. Ele falou sobre a responsabilidade dos mais experientes dentro da Curuzu e como eles têm que assumir a frente da situação. “Ontem (terça-feira) tivemos uma reunião entre os jogadores, uma reunião muito boa. Foi cobrado de todos. O Roger, por exemplo, é um garoto, mas está no clube há tempos, viveu muita coisa aqui, então ele não se assusta com esse processo. Mas, para quem é jovem e vem agora, sente um pouco. A responsabilidade maior é dos mais experientes, eu, Paulão, Nenê, Naylhor, gente que já viveu muita coisa no futebol”.
O Paysandu tem os piores ataque e defesa em toda Terceirona, e os prognósticos não são dos melhores. O site Chance de Gol aponta o time paraense com 57,3% de chances de ser rebaixado, o quarto maior índice entre os 20 clubes da competição. Para se classificar para a segunda e decisiva fase as chances atuais são apenas de 3%. “Temos bastante jogos, 33 pontos em disputa, mas corremos contra o tempo. Temos que ter esse entendimento. Hoje estaríamos rebaixados. É claro que ainda está tudo embolado, mas temos que somar e não podemos deixar para depois. Temos que vencer, até para termos mais confiança e tranquilidade”, observou Robinho.
Mais experiente ainda, o zagueiro Paulão comentou sobre o desempenho defensivo do time até aqui tem que ser separado em etapas, inclusive pelas diferenças entre as equipes que atuaram até aqui com a camisa bicolor. “O início da competição foi um pouco complicado e a equipe levou gols a mais, o que deixou essa média ruim. Mas, nas últimas três partidas levamos dois gols, sendo que enfrentamos o líder. Isso poderia ser evitado, mas mostra crescimento. A equipe está sendo reajustada e estão chegando jogadores para melhorar como um todo”, disse o defensor, que deixou claro também que não há mais tempo para buscar desculpas e sim soluções. “Estar no Z4 incomoda a todos. A gente entra mais tenso em campo. Temos que ter mais ciência do nosso momento e entregar mais. Não estamos confortáveis”.