Bola

Re-Pa: jogadores veem clássico aberto e a ordem é jogar para cima

Matheus Miranda

Em clássico, o esperado é sempre o mesmo: dia de guerra! O Re-Pa é prova disso, com o primeiro embate entre Leão e Papão deste ano de 2023, pela partida de ida das semifinais da Copa Verde no domingo passado (26) definido por cinco expulsões, entre outras características. Nesse sentido, para a definição que irá consagrar um dos dois titãs para a disputa da final do torneio regional desta temporada, a tendência é de um novo duelo repleto de tensão nos 90 minutos, hoje, às 20h, no Mangueirão.

O lateral-esquerdo Leonan, experiente no choque-rei da Amazônia e peça determinante para a construção positiva azulina em 1 a 0 no encontro passado, reforça que os nervos à flor da pele estão exalando no Baenão, mas com o equilíbrio dobrado para o desenrolar do jogo desta noite. “Expectativa é a melhor possível. Nossa equipe vai estar preparada pra qualquer cenário que se desenhar no decorrer da partida. Estamos preparados tecnicamente, taticamente e principalmente forte mentalnente para conseguirmos nos sobressair”, diz.

Em meio à cautela quanto ao autocontrole, o ala pondera que a força de vontade e a determinação estarão em dia no Mangueirão. Até por isso, Leonan despacha qualquer sinal de jogar com a vantagem no colo. “ A gente sabe que em cada clássico tem a sua história, a sua peculiaridade. A gente sabe que nenhuma equipe vai jogar pelo empate. Hoje a gente tem total consciência de que temos que performar em alto nível para conseguir um bom resultado. O jogo vai começar 0 a 0. Nossa equipe vai jogar do mesmo jeito e estamos preparados para fazer mais um bom jogo”, comenta.

Para o profissional, o motivo de partir com tudo pela vitória é simples. “Esperamos um jogo muito disputado. Eles precisando um pouco mais do resultado do que a gente. Mas clássico não existe favorito. Acho que vai ser um jogo bem aberto. Eles precisam do resultado, mas a gente não pode sentar em cima de um resultado, de um placar que fizemos no primeiro jogo. Clássico a gente pode esperar um pouco de tudo. A classificação é o que mais importa”, destaca.

Mário Sérgio é o artilheiro do Papão na temporada e a Fiel espera que ele entre em campo afiado hoje e faça valer a “lei do ex” – Foto: John Wesley/PSC

Ataque bicolor precisa voltar a funcionar para o time se classificar

Tylon Maués

O Paysandu precisa fazer pelo menos um gol hoje, isso se não sofrer nenhum, para levar a decisão da vaga na final da Copa Verde para as penalidades máximas. Vale gol de qualquer um que estiver de azul e branco em campo, vale até contra, mas as atenções estarão voltadas ao centroavante. Domingo, Mário Sérgio passou em branco, mais pela falta de criação do time bicolor do que de uma marcação mais forte. Hoje será a hora da verdade para que o ataque do Papão funcione.

A Fiel espera que, com oito gols no ano, o Super Mário volte a brilhar. Ele já deu as caras em momentos decisivos este ano, mas nada comparado ao que se espera dele logo mais. Ao lado dele, Bruno Alves apareceu um pouco mais no primeiro Re-Pa, mas o “garçom” bicolor sofreu com o isolamento do ataque. Situação que ele externou após o jogo. “Depende apenas da gente. A gente vai dar a vida para tentar reverter esse resultado. Não está nada perdido. Vamos melhorar para quarta”, destacou Bruno.

No meio, a expectativa também passa pelos pés de Ricardinho. O meia teve um destaque interessante no fim de semana, ao terminar pela primeira vez uma partida na temporada. Antes, ele havia sido substituído nas seis partidas em que esteve em campo. Ele ficou porque o time teve três expulsões e sentiu o desgaste no fim, mas isso aconteceu com todos, e em teoria pode estar numa melhor condição logo mais.