Não deve causar nenhuma estranheza se a qualquer momento o Paysandu vier a sofrer mudança em seus bastidores, com a substituição do executivo de futebol do clube, Ari Barros, por outro profissional. A troca se daria por conta da suposta insatisfação do técnico Hélio dos Anjos e de alguns de seus assistentes com o trabalho de Barros. O executivo, segundo uma fonte com trânsito livre na Curuzu, não estaria “acompanhando o ritmo de dedicação da comissão técnica”, conforme afirmou o informante, que também já teria entrado em rota de colisão com Barros em razão do mesmo problema.
O descontentamento de Dos Anjos e dos demais membros da comissão técnica não estaria restrito apenas à questão do dia a dia de trabalho do executivo, que, segundo a fonte, não tem comparecido ao trabalho dentro do horário que exige a função. A contratação de alguns jogadores pelo clube, com a indicação de Barros, também teria azedado o relacionamento do treinador e do executivo. A questão já teria sido bem esmiuçada em uma conversa entre o treinador e o presidente Maurício Ettinger.
O treinador teria tomado conhecimento que a vinda de alguns atletas para a Curuzu não ocorreram dentro da normalidade exigida. Ressalte-se que Dos Anjos, desde que chegou à Curuzu, em julho do ano passado, jamais se envolveu em qualquer outra questão, sobretudo financeira, no que diz respeito a vinda deste ou daquele atleta para o elenco bicolor. Ele tem se restringido a avaliar as qualidades técnicas dos jogadores para dar o seu sim ou não sobre as contratações.
Dos Anjos estaria apenas aguardando uma posição drástica sobre o caso, o que, conforme a fonte, seria a troca do executivo. Uma das contratações feitas anunciadas por Barros e que é bastante questionada dentro e fora da Curuzu, neste último caso por torcedores do clube, diz respeito ao meia Brendon, jogador de apenas 22 anos e que jamais disputou um Brasileiro, mesmo na Série D. O atleta, que, diga-se, não pediu para ser contratado, veio do Nação-SC, uma equipe da 2ª divisão do futebol catarinense.
O meia, que já está há algum tempo na Curuzu, fez até aqui apenas um jogo com a camisa do Paysandu, sem mostrar qualidade superior à que possuem muitos dos garotos da base do próprio Paysandu e que são relegados a 2º plano. O certo é que a qualquer momento, caso a diretoria não se manifeste como espera Dos Anjos, que todos sabem ter pavio curto, a tampa da panela de pressão bicolor deve voar pelos ares.
Procurada, a assessoria do clube informou que o executivo não se pronunciará sobre o tema.