Dois títulos, uma acesso, expulsões e muita polêmica. Emoção não faltou na longa estada de Hélio dos Anjos no Paysandu. E poderia se estender um pouco mais, não fosse a metralhadora do treinador ter sido acionada já no início desta madrugada na sua entrevista coletiva após o time perder para o Amazonas por 1 a 0 pela Série B.
A série de nove jogos sem vitória contribuiu para a queda, mas as declarações fortes do agora ex-treinador do Papão na coletiva decretou sua saída do clube. Hélio foi empregado para o papo com os jornalistas e na saída dali, por volta de 1h, foi comunicado sobre sua saída. E o clube postou em seu site e redes sociais a decisão. Vai pagar a multa, cujo valor não foi revelado, mas acabou colocando um fim num casamento conturbado.
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Hélio expôs as vísceras de problemas internos no clube, mirando suas críticas a Ari Barros, ex-homem forte do futebol bicolor que entrou em rota de colisão com o técnico. Ari chegou ao Paysandu antes de Hélio e com ele a renovação contratual do treinador ocorreu após o acesso para a Série B deste ano.
Mas a relação entre ambos não era amistosa, e Hélio revelou isso na coletiva. Deixou de lado as justificativas sobre mais um insucesso do time e ativou a cortina de fumaça chamando para os seus problemas com Ari. Aliás, Hélio deu um ultimato à diretoria no auge da crise de relacionamento. No fim, Ari saiu e Hélio sai fortalecido e com um cheque em branco para comandar o futebol do clube. Não aproveitou a oportunidade. Entre outras declarações polêmicas, acabou dando a entender que seria, por exemplo, o responsável pela boa venda de camisas do clube, e que seu cargo sempre esteve à disposição. Tanto esteve que acabou saindo pela porta dos fundos. Será lembrado pelos títulos e acesso, mas também pelo temperamento explosivo.
