Nildo Lima
O técnico Hélio dos Anjos comentou, ontem, com exclusividade para o DIÁRIO, as declarações da véspera feitas pelo goleiro Lucas Perri, de 25 anos, que disse ser grato ao técnico pela ajuda que recebeu na carreira, quando ambos estiveram no Náutico-PE, em 2022. Em seu depoimento, o jogador do Botafogo e da Seleção Brasileira afirmou: “Muita gratidão ao professor Hélio, ao Guilherme (dos Anjos, filho e auxiliar do treinador) e a toda comissão dele. Foram eles, junto com Ari Barros (executivo de futebol do Paysandu), que deram ‘ok’ para eu sair do São Paulo e ir para o Náutico”, disse.
Perri lembrou que só passou a jogar de verdade após ter trocado o Tricolor Paulista pelo Timbu. Ontem, procurado pela reportagem, por intermédio da assessoria bicolor, Dos Anjos falou sobre o pronunciamento de Perri, feito após o treino da Seleção Brasileira, no Mangueirão, anteontem. “A questão Perri é uma questão natural no futebol”, iniciou o treinador. “Nós tivemos de escolher um goleiro para iniciar a temporada do Náutico. Tivemos informações desse goleiro. Procurei conversar com dois profissionais que tinham trabalhado com ele no São Paulo e as informações eram boas”, detalhou Dos Anjos.
O treinador salientou a forma como Perri chegou ao clube pernambucano, vindo do futebol paulista. “Na época, acho que o São Paulo tinha pouco interesse em permanecer com ele no grupo. Tanto que o São Paulo assumiu o salário e todas as despesas dele no Náutico. A minha decisão foi de colocá-lo para jogar. Há tempo que ele não jogava, mas foi recondicionado e desde o 1º jogo já deu uma resposta positiva. Mas a resposta mais positiva para mim é o profissionalismo que ele já demonstrou, com uma formação acima da média, vindo de uma escola da Ponte Preta-SP”, comentou o comandante bicolor.
FUTURO
Dos Anjos previu a ida de Perri para o futebol do exterior. “Vejo méritos dele por estar onde está e tenho certeza de que ele vai muito mais longe porque ele vai para o futebol europeu, tenho certeza disso”, disse Dos Anjos, procurando, em seguida, minimizar sua influência na carreira do goleiro. “A gente fez aquilo que está acostumado a fazer. Não foi o primeiro e nem será o último. Em termos de Seleção Brasileira é o segundo, pois teve o Dida, num caso mais definitivo ainda, pois busquei o Dida no interior de Alagoas e chegou à Seleção. Estou feliz pelo Perri, por sua família e que Deus dê a ele aquilo que ele tem buscado”, concluiu o técnico.