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Hélio dos Anjos celebra guinada do Paysandu

Com 40 anos de carreira, Hélio dos Anjos trabalha em busca de um

desfecho feliz na Terceirona. Foto: WAGNER SANTANA
Com 40 anos de carreira, Hélio dos Anjos trabalha em busca de um desfecho feliz na Terceirona. Foto: WAGNER SANTANA

Nildo Lima

Embora o time seja o líder do Grupo C da fase de acesso da Série C do Campeonato Brasileiro, com sete pontos, podendo, inclusive, carimbar sua subida à Série B já na próxima rodada, a 4ª da etapa de quadrangulares, o técnico Hélio dos Anjos não relaxa na cobrança aos seus jogadores. As exigências do treinador não se limitam à aplicação individual e do grupo nos treinos e jogos da competição. Com a rodagem de 40 anos na carreira, o comandante do Paysandu sabe que a soberba costuma fazer vítimas no futebol. Por isso, ele cobra do elenco que dirige o máximo de humildade até o fim do campeonato.

Na coletiva após a suada vitória, por 1 a 0, sobre o Botafogo-PB, no último domingo, no Mangueirão, o Papão assumiu a liderança de sua chave, com sete pontos, na frente do Volta Redonda,-RJ, com quatro, Amazonas-AM e Botafogo, com três. Nada que faça com que Dos Anjos deixe de impor aos seus comandados o uso das “sandálias da humildade”. “Nós trabalhamos para isso, para ter essa responsabilidade. Nós construímos isso. Estamos preparados. O emocional pesa, mas não tem oba-oba”, disse o técnico.

O treinador ressaltou, no bate-papo com a imprensa, o trabalho extracampo que vem fazendo com o elenco desde que assumiu o comando do grupo, sucedendo a Marquinhos Santos. “Tenho consciência e eles também. Foram muito cobrados. Falei quando cheguei que queria que eles adquirissem respeito ao saírem nas ruas. Eles sofreram muito e não irão se empolgar. Graças a Deus eles estão preparados para isso. O emocional do jogador é trabalhado”, afirmou.

Dos Anjos destacou que o jogo contra o Botafogo, que teve recorde de público no novo Mangueirão, batendo até mesmo o número de pessoas que esteve na partida entre Brasil e Bolívia, pelas eliminatórias do Mundial de 2026, para testar o emocional dos jogadores que nunca haviam atuado em um estádio tão lotado de torcedores. “Eu tenho uns dez jogadores que nunca jogaram com um público desse, com torcida única. A responsabilidade foi muito grande. Isso mexe com o emocional dos jogadores”, observou.

O resultado frente ao Belo, que só veio no “apagar das luzes”, de acordo com o treinador, foi uma retribuição ao torcedor, que não mediu dificuldades para comparecer ao local e empurrar o time com seu apoio nas arquibancadas e cadeiras do estádio. “Demos um belo presente para eles. O torcedor é um bicho que temos que oferecer tudo para eles. Fila às 2h30 da tarde. Isso mexe com a gente. Demos um belo presente com a nossa dedicação”, salientou o treinador.