Desde ontem (5), a Comissão de Cultura (CCULT) da Câmara dos Deputados abriu prazo de cinco sessões para recebimento ou não de emendas ao projeto de lei 723/2024, que declara o atleta Guilherme Paraense, nascido em Belém e que dá nome à Arena Mangueirinho, “Patrono do Esporte Olímpico Brasileiro”.
A proposição, apresentada no dia 12 de março pelo deputado Raimundo Santos (PSD-PA), torna-se um iminente reconhecimento público, às vésperas da Olimpíada da França, ao primeiro medalhista de ouro do Brasil em Jogos da era moderna, uma conquista histórica ocorrida na Antuérpia, Bélgica. Guilherme Paraense consagrou-se há cerca de 104 anos, em 3 de agosto de 1920, na prova de pistola rápida, tendo levado também a medalha de prata em pistola livre.
Tão impressionante quanto os seus disparos certeiros quando contava 36 anos, foram as dificuldades da equipe brasileira na viagem, destacada na justificação pelo parlamentar como “uma epopeia”, que inspirou o documentário “Ouro, prata, bronze… e chumbo!”, produzido e dirigido pelo consagrado jornalista e escritor de São Paulo José Roberto Torero.
Apesar de o atleta ter entrado para a história defendendo o País, um familiar seu chegou a postar na internet que Guilherme Paraense vem atravessando os anos sendo lembrado “de quatro em quatro anos, e em canto de página”, em alusão ao tempo para a realização de cada Olimpíada. No entanto, com a proposta legislativa, poderá ocorrer o resgate merecido e definitivo de um capítulo da memória esportiva brasileira.