Tylon Maués
Nos dois jogos seguidos fora de casa, com duas derrotas, parte da torcida bicolor reclamou da atuação do goleiro Thiago Coelho, que vive uma espécie de montanha-russa com a torcida. Numa hora ele é o principal responsável pelos resultados positivos, no outro um vilão a ser barrado da equipe titular. Ele voltou de Florianópolis (SC) e Erechim (RS) quase como sendo o principal responsável pelos sete gols tomados, o que obviamente não se aplica. Pelas redes sociais, o camisa um do Paysandu se pronunciou, admitindo alguns erros e garantindo que não se esconderá das críticas e vai dar a volta por cima.
“Tem coisas na vida que não conseguimos explicação. Sei o quanto já ajudei em outras partidas, mas essa semana tem sido difícil. Todos os dias somos colocados à prova, e o sentido que você encara as dificuldades é o que determinará seu futuro. Deus sabe de todas as coisas”, escreveu Thiago, que garantiu que se for preciso aumentará ainda mais a carga de trabalho para corresponder ao que se espera dele.
“Os mesmos que me cobram são os mesmos que me apoiam. Não sou de me esconder e não seria agora que faria isso, pois tenho orgulho em defender esse clube e essa torcida. Podem ter certeza que vou trabalhar dobrado para que as coisas melhorem. Vamos dar a volta por cima. Ninguém disse que seria fácil”.
O jogador recebeu apoio de muitos torcedores em sua postagem, principalmente de companheiros de clube, assim como ex-bicolores e de colegas de posição. “Cabeça boa sempre irmão. Deus é contigo, tu é mais forte que qualquer coisa”, disse Axel Lopes, arqueiro do Águia.
“Pra cima monstro. Deus é fiel e você vai dar volta por cima. Tenha certeza disso, você é bom mano”, escreveu o volante paraguaio Jorge Jiménez, que hoje está no Amazonas-AM e até o mês passado vestia a camisa do Papão.
Após a derrota para o Ypiranga-RS, o técnico Marquinhos Santos foi questionado sobre o arqueiro, mas preferiu falar do time como um todo, sem individualizar as análises. “Quando perde, perde todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo. Claro que internamente, a gente tem as cobranças. Elas são coletivas, houve erros e serão corrigidos. Mas não tem que apontar dedo para um ou para outro. Todo mundo está no mesmo barco e tem que assumir suas responsabilidades. Temos que elevar o nível de apresentação e competitividade”.