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Gerson Nogueira projeta Paysandu em Cametá: 'Para consolidar o 1º lugar'

Foto: Jorge Luis Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luis Totti/Paysandu

Para consolidar o 1º lugar

Derrotar Cametá e Canaã é o plano do PSC para assegurar a primeira colocação na fase de classificação do Parazão e ficar à vontade para a rodada de abertura da Copa do Brasil contra o Ji-Paraná. Serão três partidas longe da torcida. E o primeiro desafio acontece hoje, às 16h, no Parque do Bacurau, contra o Cametá.

Com 13 pontos conquistados, o Papão pode ampliar a distância para o segundo colocado – Remo, com 10 pontos – e estabelecer uma pontuação ainda mais folgada na liderança. Pelas queixas da comissão técnica e dos jogadores, o maior problema a enfrentar em Cametá e Parauapebas é a condição dos gramados.

Em Ji-Paraná (Rondônia), o campo também se constitui num obstáculo para os bicolores, que desde a primeira rodada do Estadual têm reclamado do estado geral dos gramados interioranos.

Apesar das queixas, o time de Hélio dos Anjos até o momento não encontrou dificuldades nos campos do interior. Passou pelo Caeté, com alguma dificuldade, mas triunfou em Marabá sobre o campeão Águia, na melhor exibição do time na competição.

Para superar o Cametá, sexto colocado com seis pontos, ganhou um trunfo de última hora. Vinícius Leite, recuperado de lesão, atuou por alguns minutos contra Remo e Bragantino. Está pronto para entrar de cara hoje, substituindo Jean Dias, suspenso.

Hélio tem outras opções. Pode utilizar Edinho, que ficou fora dos últimos jogos, e Leandro, também liberado pelo departamento médico. Uma outra alternativa seria Juninho, meia que sabe jogar na frente e foi o herói da suada vitória sobre o Bragantino. Ainda há a hipótese mais remota de utilização do atacante Hyuri.

Com exceção de Vinícius e Edinho, os demais jogadores representam uma mudança no sistema de jogo do PSC. Juninho torna o meio-campo mais intenso e dominante, mas não é um atacante em tempo integral. Hyuri é um avançado sem a velocidade que Leandro tem.

Titular em 24 partidas do Papão em 2023, Vinícius tem a preferência de Hélio tanto pela movimentação pelo lado esquerdo, como pela facilidade para recompor e o talento para tiros de média distância. Foi decisivo no quadrangular do acesso com um gol no triunfo sobre o Botafogo-PB, por 3 a 2, em João Pessoa.

Em condições de atuar nos dois tempos, ele pode ser o parceiro ideal para o artilheiro Nicolas no duelo contra o Mapará.

Por dias melhores para o Leão

Baluarte da coluna e do blog campeão, o amigo Ronaldo Passarinho é um dos mais abalizados conhecedores da alma remista. Grande benemérito e sócio proprietário há 72 anos, tem autoridade e poder de fala para opinar sobre o Leão atual. Quando comenta, todos prestam atenção.

Eis seu comentário:

“O Remo tem uma ótima estrutura no futebol. O executivo de futebol é um dos mais famosos, pelo menos no Norte/Nordeste: Sérgio Papelin;

Um psicólogo como técnico, Ricardo Catalá, que ainda não encontrou um esquema de jogo definido; um ‘auxiliar técnico’, não sei o nome; um ‘analista de sistema’; um analista de mercado, e por aí vai.

Interessante como todos os times que jogaram contra nós vinham com sistema de jogo definido por seus técnicos anônimos: a exceção foi o Paissandu. Os times ditos menores apresentaram alguns jogadores superiores aos nossos. A única diferença está nos salários do Remo.

A Tuna tem três jogadores bem melhores que os nossos: Germano, no meio, ou na linguagem atual, no ‘terço médio’. Chula, artilheiro do campeonato. E o menino Gabriel, autor do gol da vitória contra nós.

O Tapajós, como ‘judeu errante’, longe de sua cidade, veio com um excelente meiuca, o Nilson. Em outros pequenos, destaque para o Gileard do Bragantino.

Por que não pesquisamos alguns jogadores locais? A resposta é simples, os mesmos não estão no celular dos empresários amigos.

Terça feira, dia 20, vamos jogar pela primeira vez longe de Belém, pela Copa do Brasil. Espero uma classificação que valerá ao Remo R$ 925 mil. Meu alerta é porque a Série C está às portas. Meu coração de remista, sócio proprietário desde 1952, clama por melhoras”.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, às 22h, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. O Campeonato Paraense é o tema em debate. A edição é de Lourdes Cezar.

Pikachu se consagra como defensor artilheiro

Nenhum outro jogador originalmente de defesa marcou tantos gols quanto o paraense Yago Pikachu no futebol brasileiro. Contra o River do Piauí, nesta semana, pela Copa do Nordeste, ele atingiu 150 gols na carreira. A marca é reverenciada com entusiasmo pela torcida do Fortaleza, mas deveria ser mais valorizada e reconhecida em todo o país.

Pikachu, revelado na base do PSC, tornou-se ídolo alviceleste. Em 213 partidas, conquistou títulos e marcou 62 gols, atuando como lateral-direito. Depois do Papão, foi defender o Vasco, onde fez 39 gols em 253 jogos – foi o jogador que mais vestiu a camisa cruzmaltina no século 21.

Chegou ao Fortaleza em 2021. Virou ídolo e capitão, sempre marcando muitos gols. Passou um curto período no Japão e voltou em 2023, para reassumir o protagonismo no clube pelo qual marcou 46 vezes em 175 jogos. Voando como está, tem tudo para ampliar a marca.