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Gerson Nogueira: “Pobre futebol sul-americano”

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

“Pobre futebol sul-americano”

O Brasil tem cinco títulos mundiais, o Uruguai tem dois. Uma das mais longevas rivalidades do futebol entra em campo novamente neste sábado à noite, valendo pelas quartas de final da Copa América. As lembranças da histórica final de 1950 no Maracanã também volta à cena, como acontece sempre que as duas seleções se enfrentam.

Vários duelos já foram travados nesses 74 anos e o Brasil venceu quase todos, mas o cenário atual favorece o tradicional rival. Com bons jogadores, um time renovado e um técnico de alto calibre, o Uruguai é favorito no confronto marcado para Las Vegas.

A dúvida de Dorival Junior quanto à escalação foi dissipada na sexta-feira, quando ele anunciou que Endrick entra na vaga de Vinícius Jr. (suspenso). A escolha era mais ou menos óbvia, mas um certo suspense foi criado.

Não há muito o que esperar do time brasileiro, ainda em construção e sujeito a oscilações em campo, como nas tímidas apresentações contra Costa Rica e Colômbia. Ocorre que um clássico é sempre motivador para todos, principalmente para um time em busca de afirmação.

Nas entrevistas, o Brasil perdeu feio. Não por culpa de Dorival, que tem um discurso tedioso, sem surpresas. O problema é o nível de seu oponente. Marcelo Bielsa é um pensador do futebol. Um dos melhores.

Afirmou, com expressão entristecida, que a América do Sul se acomodou ao papel de vítima do poder econômico europeu. Ele então fez uma comparação com o São Paulo de Telê Santana, a quem enfrentou na final da Libertadores de 1992.

“Isso sim era outro futebol (risos)… Veja que interessante: se você relembrar a escalação do São Paulo, que tinha um treinador monumental, é uma formação de vários jogadores da Seleção Brasileira ainda jogando no futebol local. Então, pense no que aconteceu ao pobre futebol sul-americano…”, observou.

Citou quase todo o time do São Paulo daquele período. “Eram todos jogadores europeus. Só que, antes de irem para a Europa, a maior parte jogou duas finais de Libertadores (pelo São Paulo)”.

“Então, imagine o que aconteceu com o futebol. O futebol é uma propriedade popular. Essencialmente, os pobres têm poucas capacidades de terem acesso à felicidade, porque não possuem dinheiro para ‘comprar’ felicidade. O futebol é gratuito e de origem popular”, acrescentou.

“Então, o futebol agora é algo que os mais pobres já não têm mais, porque, aos 17 anos, já vendem o Endrick, já vendem o outro garoto do Palmeiras [Estêvão, que vai para o Chelsea]…”.

Mandou bem, Bielsa, que sempre tem algo relevante a dizer.

Desafio matinal para o Papão em Curitiba

O PSC conquistou duas vitórias fora de casa, jogando bem contra Ituano e Chapecoense. Jogar bem aqui significa se lançar ao ataque, executar imposição no campo inimigo. Deve ser o caminho para driblar as dificuldades que o Coritiba vai criar dentro de seus domínios.

Esli García, o artilheiro do Papão na Série B, passou em branco nas últimas rodadas. Dispersivo, distante dos acontecimentos junto à área, pouco contribuiu. Está na hora de reagir e voltar a marcar. A oportunidade se apresenta neste domingo, pela manhã, em Curitiba.

Um desafio para ele e para o meio-campo, desfalcado de João Vieira e Wesley Fraga. Tudo o que o PSC precisa é se organizar para ser reativo, explorando os avanços de um Coxa pressionado pela necessidade de uma vitória depois do tropeço (1 a 1) diante do Vila Nova na rodada passada.

Arbitragem brasileira não cansa de dar vexame

Não resta qualquer dúvida. Wilton Pereira Sampaio é o pior árbitro brasileiro em atividade, superando até os notórios Anderson Daronco e Rafael Claus. Depois da participação bizarra na Copa do Mundo de 2022, quando fez lambança em todas as partidas que apitou, ele vem fazendo estragos na atual Copa América.

Esteve a pique de complicar o jogo Venezuela x Canadá, irritando as duas equipes com decisões equivocadas, principalmente na aplicação de cartões amarelos. Ignorou faltas gritantes, carrinhos violentos e até uma ação antijogo do goleiro venezuelano atrapalhando a reposição de bola.

Desatento, longe dos lances, sem critério. Diante de tantas ocorrências constrangedoras, impressiona a costa larga de Wilton junto à Comissão Nacional de Arbitragem e da própria Conmebol. Passou da hora. Já é caso de afastamento sumário por maus serviços prestados.

Bola na Torre

O programa tem apresentação de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a participação dos clubes paraenses nas séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. A edição é de Lourdes Cezar. Na RBATV, às 22h.

Melhores mesatenistas na Copa Brasil em agosto

Belém vai receber a Copa Brasil de Tênis de Mesa edição 2024/Challenge Plus 14ª edição, de 2 a 4 de agosto, na Arena Guilherme Paraense (Mangueirinho). O evento integra a agenda do calendário nacional da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa – CBTM, reunindo os melhores mesatenistas do país.

Ao longo de três dias, com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), Belém será a capital brasileira do tênis de mesa, o que representa um grande incentivo à prática e expansão da modalidade no Pará.