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Gerson Nogueira: 'Paysandu pode faturar até R$ 25 milhões com bilheteria'

O Papão também, claro, espera grandes arrecadações em seus jogos e, principalmente, um fortalecimento do seu programa de sócio torcedor. Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu 
O Papão também, claro, espera grandes arrecadações em seus jogos e, principalmente, um fortalecimento do seu programa de sócio torcedor. Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu 

Papão pode faturar até R$ 25 milhões com bilheteria

Estatístico e amante do futebol, torcedor do Papão, Márcio Augusto Almeida enviou à coluna um quadro projetando a receita que o clube pode auferir na Série B, desde que atinja uma determinada média de público em seus jogos dentro de Belém.

Nas 19 partidas como mandante, caso não perca o mando de nenhuma, o PSC pode faturar até R$ 15.390.000,00 líquido, excluindo as despesas administrativas. Para tanto, o time tem que conseguir a média de 30 mil pagantes por jogo, cobrando R$ 30,00 por ingresso.

O volume a ser arrecadado pode ser ainda maior, caso o clube estabeleça R$ 40,00 como preço médio do ingresso. Segundo os cálculos de Márcio, o faturamento final seria de R$ 20.520.000,00.

Por fim, se o tíquete médio for R$ 50,00, o Papão irá embolsar o valor líquido de R$ 25.650.000,00 ao fim da competição.

 

Uma Seleção à beira do caos

Fernando Diniz conheceu sua primeira derrota na seleção. Foto: Vitor Silva/CBF

A primeira finalização do Brasil no jogo foi aos 16 minutos do 2º tempo. Após escanteio, o zagueiro Gabriel Magalhães cabeceou por cima da trave, sem perigo. A fraqueza ofensiva ajuda a entender a derrota brasileira diante da renovada seleção uruguaia de Marcelo Bielsa.

O confronto com a Venezuela já havia sido decepcionante, mas o de ontem foi pior. Além da desorganização que virou marca do time, os jogadores nem tentaram chutes a gol. A única bola que podia ter resultado em gol foi uma cobrança de falta por Rodrygo, também no 2º tempo.

A forma desarticulada de jogar e a ausência de lances criativos no meio-de-campo fizeram do Brasil uma presa fácil para a rapidez na troca de passes do Uruguai. Enquanto vencia por um gol apenas, o time de Bielsa mostrava-se cauteloso, mas com 2 a 0 ficou mais solto e alegre.

O fato é que os vizinhos sul-americanos resolveram botar na roda o sempre autossuficiente Brasil europeu, e com certo requinte de crueldade em relação a jogadores como Vinícius Jr., Casemiro e Neymar, que se lesionou e saiu sem exibir muita coisa.

As jogadas da Seleção pareciam típicas de um desses times bagunçados da Série B brasileira, onde técnica é artigo de luxo. Bolas erguidas na área sem direção ou objetivo. Passes errados nos lados, no centro e no ataque.

Gabriel Jesus, premiado com a titularidade, foi dispersivo como sempre. Confuso, sem velocidade e pouco inspirado, não levou vantagem em nenhuma tentativa de passar pela marcação uruguaia.

Depois do gol sofrido no primeiro tempo, com desatenção geral da zaga, o segundo gol do Uruguai foi ainda mais revelador da fragilidade do Brasil. De La Cruz escorou para as redes um passe do centroavante Nuñez, que se livrou da marcação de Magalhães e Casimiro de uma vez só.

Intranquilo, o time de Diniz perdeu-se ainda mais. Piorou com a entrada de Raphael Veiga, Arana e David Neres, que não sabiam nem que faixa do campo ocupar. Juntaram-se à inoperância de Jesus e Richarlison, que havia substituído Neymar. Rodrygo foi o único a se salvar do desastre.

Depois de quatro décadas, o Uruguai conseguiu bater o Brasil por mais de um gol de diferença. Não foi uma vitória qualquer. Sem Luizito Suárez e Cavani, a jovem equipe montada por Bielsa não tomou conhecimento da caótica esquadra canarinho. Jogou com apetite e foi sempre superior.

O desgaste que se abate sobre Fernando Diniz tende a piorar nas próximas rodadas das Eliminatórias, encarando Colômbia e Argentina. Há um problema natural, o pouquíssimo espaço de tempo disponível para treinos e preparação, mas é visível a desarrumação do time.

Escolhas destrambelhadas, como Mateus Cunha e Gabriel Jesus, acentuam as dificuldades para o técnico interino. Não há risco de eliminação, pois são seis vagas disponíveis (mais uma em disputa na repescagem), mas o torcedor brasileiro tem paciência curtíssima para vexames.

 

Torcida alviceleste especula e sonha com Nicolas e Tadeu

O torcedor do PSC começa a especular os nomes de possíveis reforços para a Série B 2024. A diretoria tem tempo para ir ao mercado e contratar os jogadores necessários para realizar uma campanha dentro das expectativas de quem esperou cinco anos para voltar à Segunda Divisão.

Além do goleiro Tadeu, que defende o Goiás há várias temporadas, sempre com muita segurança, um outro nome veio à tona. Nicolas, que defendeu o Papão nas temporadas de 2019 a 2021 e marcou 37 gols, é provável alvo do interesse dos bicolores.

Camisa 9 de extrema eficiência, com vários gols anotados com a camisa alviceleste, Nicolas não vive um grande momento na carreira. Depois de oscilar no Goiás, ele foi cedido ao Ceará, onde atualmente disputa a Série B. O time não decolou e Nicolas sofreu com isso.

Não se estabeleceu como titular, entrando apenas no decorrer das partidas. Há uma diferença importante de cenário para o centroavante. Ídolo no PSC, Nicolas sempre se beneficiou de um time que jogava em função dele, com jogadas específicas para explorar sua capacidade de finalização.

Tanto no Goiás como no Ceará, Nicolas não teve mais esse privilégio, o que naturalmente contribui para o rendimento abaixo do esperado. Mas, apesar da idade (34 anos), Nicolas é tecnicamente um jogador qualificado e pode contribuir muito para o fortalecimento do setor de ataque.

Ao lado de Mário Sérgio, um centroavante que também se caracteriza pela boa técnica, Nicolas pode vir a ser uma espécie de ponta-de-lança, contribuindo na troca de passes dentro da área e dividindo as atenções da marcação adversária.

Tadeu, conhecido como grande pegador de pênaltis, é outro bom nome para a Série B. Mesmo que não sejam contratados, os dois servem de parâmetro quanto à qualidade dos jogadores que o Papão deve buscar.