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Gerson Nogueira: 'Papão e o choque de realidade'

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Papão e o choque de realidade

O otimismo natural que cerca qualquer disputa envolvendo os dois grandes rivais do futebol paraense contribuiu para criar uma ilusória possibilidade de sucesso do PSC contra o Juventude, pela 2ª fase da Copa do Brasil. Sim, era possível passar, mas desde que o time paraense fizesse uma partida praticamente perfeita. Afinal, o adversário está na Série A, embora não se possa dizer que tem um timaço.

Ainda assim, é um time mais ajustado e tecnicamente superior ao PSC. Essa condição fazia do Juventude o favorito natural na briga pela vaga à próxima fase (e do prêmio de R$ 2,2 milhões) da Copa do Brasil. Isso ficou evidenciado após os 90 minutos. Sem grandes sacrifícios, o time gaúcho se impôs, abriu 3 a 0 no placar e passou a administrar o resultado.

O PSC ainda descontou, com um golaço de Vinícius Leite na metade do 2º tempo, mas não havia qualidade e nem força suficiente para empreender uma tentativa de reação.

Depois da partida, a análise mais desconcertante foi a do técnico Hélio dos Anjos. Sem explicações para a derrota, ele disse não ter gostado da atuação do time, da forma atrapalhada de impor marcação alta e dos erros cometidos no setor defensivo.

Esqueceu apenas de assumir a responsabilidade pela maneira de atuar da equipe, afinal o técnico determina como deve ser o posicionamento e a estratégia. O PSC, de fato, se lançou a uma marcação equivocada, aparentemente para reduzir o espaço no meio-de-campo, mas acabou sofrendo gols justamente em função de ter a zaga adiantada.

O certo é que a invencibilidade de 11 jogos na temporada, com nove vitórias e apenas dois empates, foi derrubada com relativa facilidade pelo Juventude. Até então, o time havia sofrido apenas dois gols. Tomou logo três em Caxias do Sul.

Nada há de espantoso ou inesperado no resultado do confronto com o Juventude. O time gaúcho é melhor treinado, conta com jogadores mais adequados ao modelo utilizado pelo técnico Roger Machado e foi ainda extremamente objetivo, aproveitando cada chance criada.

O teste de fogo, que Hélio dos Anjos tanto desejava, mostrou-se implacável com o Papão, embora extremamente útil no sentido de preparar o time para a Série B a partir do mês que vem. A preocupação com o estágio da equipe mostrou ser procedente.

Ficou claro que um setor de marcação com Gabriel Bispo e Val Soares terá sérios problemas no confronto com equipes bem estruturadas. O ataque também precisa ser repensado. Nicolas, artilheiro da equipe no Parazão e principal referência ofensiva, não viu a cor da bola em Caxias.

Jogou de forma isolada, cercado pela marcação e sem ajuda dos homens de lado, Edinho e Jean Dias, igualmente apagados. O PSC melhorou nos minutos finais, quando surgiu o golaço de Vinícius Leite e o time passou a ameaçar com as boas investidas de Esli Garcia pelo lado direito.

Ocorre que a partida já estava definida e o Juventude tirou o pé, preocupado com o jogo que terá com o Internacional pelas semifinais do Gauchão neste sábado. Ficou, porém, a lição de que alguns reservas – Esli, Biel, João Vieira e Vinícius – estão jogando mais que os titulares.

Águia honra futebol paraense e avança na Copa BR

Foi um passeio. Favorito para o confronto com o Capital-TO, o Águia confirmou a expectativa e venceu por 3 a 0. Começou a construir a vitória através de Iury Tanque, aos 31 minutos do 1º tempo. Na etapa final, Braga ampliou, aos 5 e 44 minutos.

Vitória tranquila e fundamental para as finanças do clube. O Águia garantiu vaga na terceira fase e embolsou R$ 2,2 milhões pela classificação. O clube faturou até agora R$ 3.937.500,00.

Da premiação obtida ontem, o Águia destinou 20% para jogadores e comissão técnica, o que dá média de R$ 14 mil para cada um.

Ações para aumentar a segurança nos grandes eventos

A criação do Comitê de Monitoramento e Controle de Torcidas, definido em reunião do colegiado de gestores de segurança pública, nesta semana, deve viabilizar os termos da resolução que prevê monitoramento e controle de torcidas organizadas no Estado, garantindo mais segurança aos frequentadores de eventos esportivos.

O comitê institui um protocolo permanente para reuniões de discussão, análise e acompanhamento das políticas e estratégias adotadas pelos órgãos de segurança e instituições, com o objetivo de prevenir e providenciar repressão mais célere e eficiente à violência e práticas criminosas em eventos esportivos.

Para o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, “a exemplo do Estatuto do Torcedor, que já prevê um cadastramento das torcidas organizadas, com o Comitê queremos não só exigir esse cadastramento, mas controlar o fluxo de acesso aos eventos e também sugerir melhorias aos organizadores”.

Com a prestação de um serviço mais efetivo, o comitê busca permitir que o cidadão possa ir aos eventos com segurança.

Entre as atribuições do Comitê Integrado de Monitoramento e Controle de Torcidas Organizadas e Eventos Esportivos estão o acompanhamento das imagens de videomonitoramento de pessoas por meio dos sistemas oficiais e privados, inovações nas ações de prevenção e repressão à criminalidade e efetivação do cadastramento de integrantes de torcidas organizadas.

O Estado, por meio da integração das forças de segurança, procura fortalecer o combate a todas as modalidades de violência, e reforça a importância da contribuição da população em registrar as denúncias.

Em caso de emergência, o CIOp pode ser acionado pelo número 190. Se precisar de investigação, o Disque-denúncia pode ser acionado por ligação convencional no 181 ou com mensagem escrita, áudio e/ou vídeo no WhatsApp com a Inteligência Artificial Iara (91) 98115-9181.