Ímpeto, raça e intensidade
Um gol logo aos 20 minutos garantiu a vitória do PSC sobre o CSA, ontem à noite, na Curuzu, garantindo o ingresso na zona de classificação. O time foi eficiente, aproveitando a chance surgida e depois tornou o jogo extremamente favorável, usando a pressão alta para incomodar o adversário. Com a terceira vitória consecutiva, Hélio dos Anjos vai avançando no cumprimento da promessa inicial de alcançar o acesso.
Na primeira etapa, com o time disposto e preparado para correr o campo inteiro, o CSA não teve chances claras de chegar ao gol de Matheus Nogueira. O PSC, ao contrário, criou oportunidades com Mário Sérgio e Vinícius Leite.
Hélio utilizou uma de suas estratégias preferidas. Fez o time exercer uma pressão permanente sobre o setor defensivo do CSA, utilizando principalmente os laterais Anilson, que estreava, e Eltinho. Não permitiu espaços para o alviceleste alagoano.
Aos 20 minutos, Robinho fez o que sabe e cobrou escanteio no segundo pau para um cabeceio seguro e certeiro do zagueiro Wellington Carvalho. O goleiro pulou com atraso e a bola morreu no canto direito da trave.
Com a vantagem, a empolgação da torcida entrou em sintonia com a confiança do time. A partir dessa combinação, o PSC viveu momentos de muita presença no ataque, mesmo sem fazer com que a bola girasse no meio-campo. Era a tal verticalização que Hélio dos Anjos tanto prega.
Aos 35’, em contra-ataque fulminante pela direita, Anilson cruzou rasteiro e quase Mário Sérgio tocou para o gol. Nos acréscimos, Vinícius Leite teve um rebote da defesa alagoana, mas mandou para fora.
Já no segundo tempo, apesar de continuar ameaçando o gol do CSA, o time teve uma diminuição de ritmo que permitiu ao atrapalhado visitante sentir o gostinho de chegar perto do empate. Marcelo Cabo, técnico do CSA, lançou o atacante Júnior Todinho e o time ficou mais agressivo.
A partir daí, o Papão ficou mais à espera de erros do CSA para organizar contragolpes, mas as chances não se repetiram como na etapa inicial. No final da partida, aos 45’, Arnaldo avançou pela esquerda e bateu cruzado, com muito perigo, assustando a zaga bicolor e a torcida.
No minuto seguinte, o meia Leandrinho bateu da entrada da área e o goleiro Dalberson fez uma excelente defesa. O atacante Gustavo Custódio ainda teria uma chance, aos 48’, mas finalizou mal.
Uma vitória importante, que coloca o PSC em 7º lugar e em ritmo de ascensão, se comparado com times como São Bernardo, São José e Ypiranga, que tiveram um início de competição melhor e hoje aparecem em queda. Hélio disse, ao final do jogo, que o nível de intensidade do time está próximo do ideal, dando a entender que a evolução está em marcha.
Faltou contundência, mas Leão pontua nos Aflitos
A partida era considerada difícil pelo mau momento do Remo e pela boa campanha do Náutico (5º lugar), ainda mais jogando diante de sua torcida no alçapão dos Aflitos, mas o Remo mostrou uma disposição tática que conteve os avanços do time da casa e foi responsável por ações ofensivas que poderiam ter garantido a vitória.
O empate em 0 a 0 retratou o equilíbrio das ações de meio-campo, povoado em excesso, e a baixa criatividade dos times. Na primeira etapa, a chance mais clara de gol coube ao Remo. Aos 28 minutos, Rodriguinho ergueu uma bola na área e Richard Franco mergulhou para cabecear na trave direita. A bola bateu e voltou para as mãos do goleiro Wagner.
Assustado com a chegada do ataque azulino, o Náutico insistia em cruzamentos na área, mas Vinícius exibiu segurança e bom posicionamento, não permitindo nem rebote.
Depois do intervalo, o Remo trocou Fabinho por Kanu e Uchoa por Paulinho Curuá. Na primeira investida, aos 12 minutos, Ronald cruzou da direita, a zaga rebateu e Rodriguinho, livre, chutou rasteiro. O goleiro salvou com os pés o que seria o primeiro gol da partida.
A resposta do Náutico veio dois minutos depois. O meia Souza entrou na área, driblou dois marcadores e disparou em direção ao gol. Vinícius afastou com os pés e, no rebote, a bola sobrou para Jean, mas o lance foi invalidado por impedimento.
Com o estreante Renanzinho aberto pela esquerda, o Remo ameaçou duas vezes antes do final do confronto. Na primeira, o ponta chutou da entrada da área para defesa tranquila de Wagner.
Em seguida, aos 46’, ele foi à linha de fundo e cruzou encobrindo o goleiro. A zaga afastou, com o gol vazio, antes que Kanu chegasse na pequena área. Diego Guerra tomou o segundo cartão e foi expulso, mas o Remo controlou os lances derradeiros e saiu dos Aflitos com um empate, que lhe garante ficar fora do Z4 pelo menos até o final da rodada.
Uma atuação segura, bem encaixada e com alguns destaques: Vinícius, Ícaro, Richard Franco e Evandro (que saiu lesionado no 2º tempo). Renanzinho fez boa estreia, Paulinho Curuá e Kanu renderam bem mais que Uchoa e Fabinho.
Reação contundente prova que o Fogão está afiado
Mesmo com uma atuação abaixo do esperado, talvez a pior da equipe no campeonato, o Botafogo foi buscar um empate heroico na Vila Belmiro após estar perdendo por 2 a 0 até os instantes finais. Em dois lances rápidos, Tiquinho Soares diminuiu e Adryelson empatou, de cabeça.
Nos acréscimos, a bola quase entrou para o terceiro gol botafoguense, em lances com Lucas Fernandes e Felipe Sampaio, cabeceios que só não entraram por milagre. Nas circunstâncias, um excelente resultado, mas no geral o desempenho foi ruim e expôs fragilidades no líder da Série A.