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Gerson Nogueira: 'Fiel ainda aguarda “os” reforços'

A Diretoria do PSC tem cumprido uma agenda parcimoniosa de anúncio de reforços para a temporada 2024
A Diretoria do PSC tem cumprido uma agenda parcimoniosa de anúncio de reforços para a temporada 2024

A Diretoria do PSC tem cumprido uma agenda parcimoniosa de anúncio de reforços para a temporada 2024. Ontem, dois novos nomes foram divulgados – o zagueiro Carlão, 22 anos, e o volante Val Soares, 26 anos. Reforços de bom nível, mas ainda longe das expectativas do torcedor, continua a esperar por nomes mais badalados.

Em favor da direção do clube, diga-se que não é tarefa fácil contentar o torcedor. A opção de ir soltando os nomes pouco a pouco, a conta-gotas, foi a maneira mais lógica de enfrentar as dificuldades do processo de contratações.

Depois que algumas negociações não chegaram a bom termo, foi necessário desacelerar o ritmo de apresentação dos contratados. Com planejamento de contratar 15 jogadores, até agora apenas a metade está confirmada.

Carlão é um jovem zagueiro, que começou nas divisões de base do Náutico, onde ficou até 2022. Nesta temporada, jogou pelo Almería, da Espanha. Val Soares é paraense de Tailândia, mas não passou pelo futebol paraense. Esteve no Botafogo-SP e no Coritiba. Estava no Marítimo, de Portugal.

O discurso de fazer uma Série B buscando o acesso à Primeira Divisão é um dos pontos que gera críticas dos torcedores, pois até o momento as escolhas de jogadores não refletem essa ambição.

Em entrevista, o vice-presidente Roger Aguillera reafirmou o objetivo de brigar pela Série A, citando “times menores” que conseguiram ir longe na Série B deste ano, mesmo com elencos modestos.

Ele defende que o clube tenha um planejamento mais ousado. Segundo Roger, times como Vila Nova, Mirassol e Novorizontino brigaram para subir até o fim da competição. Clubes que estão abaixo do PSC em tradição, torcida e conquistas.

O pensamento encontra eco em sonhos grandiosos, como o de fazer do Papão um clube dotado de uma estrutura que permita formar jogadores. Caso do Atlético-PR, citado como referência pelo vice-presidente.

Para a torcida, sempre mais pragmática que a média dos dirigentes, a meta é mais simples: fazer uma grande campanha na Série B, com um time competitivo, que brigue pelo acesso ou pela permanência na divisão.

Competir de igual para igual depende de um elenco forte, que supere o nível deste ano e apresente jogadores decisivos. Por isso, a ansiedade por nomes mais conhecidos e badalados. Ainda há tempo.

 

Direto do blog campeão

Aldo Valente, um dos baluartes da coluna, bicolor de quatro costados, expõe suas impressões sobre o atual momento do Papão, às voltas com a contratação de atletas para a próxima temporada:

“O Paysandu tem um marketing impressionantemente competente. Utilizou muito bem um acesso dramático para a Série B como trampolim para inundar a mídia com promessas, no mínimo duvidosas ou simplórias.

A primeira foi o CT, que teve um dos campos concluídos após um rigoroso jejum de obras desde 2016, quando foi adquirido. A direção fala num orçamento de R$ 70 milhões para 2024, mas duvido que este número resista à mais rasteira auditoria contábil.

Depois, mantém um executivo de má competência comprovada quando negociou 50 atletas em 2023 e ainda conserva no plantel número excessivo de jogadores, com exceção de seis atletas, que nada contribuirão para a temporada de 2024.

Mas esta direção continua blefando. Inaugura um campo do CT como se fosse a oitava maravilha, anuncia que vai disputar uma vaga na Série A, mas contrata refugos do CRB e outros desconhecidos jogadores que ninguém mais quer.

É hora de ter os pés no chão, sem falácias, sem enganação. Nosso objetivo é permanecer na Série B e, com estes jogadores agora contratados, já somos candidatos fortes ao rebaixamento”.

 

Flu parte para o mais difícil dos mundiais recentes

Quis o destino que coubesse ao Fluminense, campeão sul-americano pela primeira vez, a pior configuração de times a enfrentar no Mundial de Clubes, iniciado ontem na Arábia Saudita. Os periféricos nunca estiveram tão fortes como desta vez. Mais perigosos até do que aqueles que impuseram vexames históricos a Atlético-MG e Palmeiras, recentemente.

Só o primeiro jogo, Al Ittihad 3 x 0 Auckland City (Nova Zelândia), deu uma boa ideia dos problemas que azarões irão causar aos times considerados favoritos, Manchester City e Fluminense. O time árabe, comandado por Marcelo Gallardo e diante de sua torcida, não deu chances para a zebra neozelandesa. Deitou e rolou em campo.

Benzema, que não foi à Copa do Qatar, é o primeiro artilheiro a fazer gols em quatro edições do Mundial de Clubes – 2014, 2016, 2022 e 2023. Tem cinco gols no torneio e é um sério rival para o argentino Germán Cano, goleador e ídolo do Fluminense.

O brasileiro Romarinho e os franceses N’Golo Kanté e Karim Benzema fizeram os gols. Na sexta-feira, o Al Ittihad enfrenta o Al Ahly, do Egito. O vencedor será o adversário do Tricolor na semifinal.