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Gerson Nogueira exalta espírito guerreiro do Águia: 'Ousadia e determinação'

Foto: Wellison Vasconcelos/ Águia de Marabá
Foto: Wellison Vasconcelos/ Águia de Marabá

Com ousadia e determinação

O espírito guerreiro que levou o Águia à conquista do título paraense do ano passado renasceu diante do Coritiba, ontem à noite, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. Depois de sofrer nos primeiros minutos, quando tomou o gol e quase sofreu outros, o time empatou ainda na etapa inicial. Depois, marchou para a vitória irretocável por 3 a 2. Boa parte dela na conta das alterações feitas pelo técnico Mathaus Sodré.

A vaga à segunda fase da Copa do Brasil foi conquistada com muita luta, brio e determinação. O time foi renovado – ficaram apenas sete atletas titulares da campanha campeã no Parazão – e o comando restaurado, com a volta de Mathaus Sodré.

Quando a partida começou, a melhor distribuição em campo do Coritiba passou a impressão de que o Águia teria muitos problemas. Para agravar esse estado de coisas, o Coxa abriu o placar em grande jogada de Robson para cabeceio fulminante de Frizzo.

Logo em seguida, mais duas boas oportunidades para os paranaenses foram neutralizadas por defesas precisas de Axel Lopes. Aos poucos, o time marabaense foi se organizando melhor e atacando com boas investidas pelos lados, com Wander e Bruno Limão.

A mexida que mudou o destino do Águia e do jogo aconteceu aos 26 minutos, quando Mathaus trocou o zagueiro Cassius pelo centroavante Iury Tanque, deixando o time novamente com dois zagueiros de área – Betão e Davi Cruz – e mais presença no centro do ataque.

O empate veio a seguir. Aos 28’, após cruzamento, o baixinho Braga se antecipou ao lateral Natanael e desviou de cabeça. O Azulão voltava para o jogo. O Coxa se perturbou por alguns minutos, mas ameaçou na reta final.

O lance mais agudo ocorreu aos 44’, quando David invadiu a área e bateu forte. Axel deu rebote, Robson pegou de primeira e o goleiro defendeu de novo, fazendo a torcida vibrar no Zinho Oliveira. Aos 47’, Gomez chutou da entrada da área e a bola resvalou no travessão.

Veio o 2º tempo e Di Maria substituiu Alan Maia. Aos 2 minutos, a vitória começou a se esboçar. O zagueiro Betão foi agarrado na pequena área quando ia chutar para o gol. O excelente árbitro Matheus Candançan (SP), de frente para o lance, marcou o pênalti. Iury bateu rasteiro e guardou.

À frente no placar, o Águia passou a dominar as ações, explorando muito os lados do campo. Trocou Wander por Fabiano e Kaique por Elielton. O destino se encarregou de premiar a atuação do Azulão. Aos 24’, Benevenuto cometeu falta e foi excluído (2º amarelo). Junior Dindê, cirúrgico, mandou a bola no ângulo direito.

A partir daí, prevaleceu a transpiração e a capacidade de resistir à pressão. O Coxa ainda descontou aos 50’, com Bruno Melo, após disputa na área. Não havia mais tempo para nada. Vitória suada e merecida do Águia na melhor partida da temporada no futebol paraense.

Papão se prepara para ficar sem seu comandante

O PSC estreia na Copa do Brasil na semana que vem e vai começar a conviver com a ausência de seu técnico à beira do campo. Como se sabe, Hélio dos Anjos foi condenado pelo STJD e punido com nove jogos de suspensão, por xingamentos homofóbicos contra a arbitragem do jogo contra o Volta Redonda pela Série C 2023.

A punição começa a ser cumprida diante do Ji-Paraná, em Rondônia, no jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil. A suspensão é válida apenas para jogos de competições oficiais da CBF.

Pelas características de Hélio, participativo e vibrante à beira do gramado, o time deve sentir a ausência do comandante. No ano passado, esse problema já havia se verificado em quatro jogos da Série C.

Um prejuízo que o PSC sofre por obra exclusiva do destempero emocional de seu veterano treinador. Que o castigo sirva de lição.

Botafogo corrige o erro da contratação de Nunes

A saída de Tiago Nunes, anunciada ontem, pode ter sido o passo inicial do Botafogo para garantir uma boa temporada. Era unânime na torcida a sensação de que a insistência era um erro que não podia persistir. A partida sofrível diante do limitado Aurora, pela Libertadores, foi a gota d’água. A cúpula da SAF finalmente entendeu que era preciso dispensar Tiago.

A bem da verdade, a contratação do treinador na reta final da Série A 2023 já foi um erro tremendo. De perfil excessivamente burocrático, Tiago chegou no momento em que o Botafogo precisava de um técnico vibrante, sanguíneo – tudo o que ele não é.

Como previsto, ele não conseguiu levantar o astral do time, emocionalmente combalido pela sequência de maus resultados que minaram as chances de título. Apesar do trabalho infrutífero, ele foi mantido para 2024. Uma brutal perda de tempo.

A dispensa corrige o erro e permite acreditar que, sob nova direção, o bom elenco do Botafogo tem nova chance de vir a gerar um time competitivo, desde que o clube não erre de novo na escolha do comandante.

Ataque de torcida ao ônibus do Fortaleza deixa vítimas

O caso é de polícia, pois aconteceu fora dos limites do estádio, no Recife. A situação é grave e requer providências. Seis jogadores do Fortaleza foram vítimas da emboscada. Covardia e violência de mãos dadas. Ao que parece, as forças de segurança só irão agir de verdade contra os criminosos quando ocorrer morte, coisa que não vai demorar a acontecer.

Não são torcidas normais, são facções armadas e dispostas a agredir e matar, como as que agem nos clássicos em Belém. O último, aliás, resultou em mortes entre grupos já extintos pela Justiça. Conhecedores do problema, PSC e Remo se solidarizaram com o Fortaleza.