Bola

Gerson Nogueira e a volta de Catalá: 'Remo aposta na continuidade'

Foto: Sandro Galtran/ASCOM Remo
Foto: Sandro Galtran/ASCOM Remo

Remo aposta na continuidade

Para dar continuidade ao trabalho desenvolvido na Série C deste ano, o Remo está recontratando o técnico Ricardo Catalá. Ele foi anunciado pelo novo presidente, Antonio Carlos Teixeira (Tonhão), logo após a eleição de domingo, e confirmou ontem que já manteve os primeiros contatos com a diretoria do clube.

A ampla maioria da torcida avaliza a vinda de Catalá. Há a compreensão de que o trabalho dele foi satisfatório, dirigindo o time por 15 rodadas no Brasileiro e quase conseguindo a pontuação necessária para disputar o quadrangular final.

Chegou para apagar o incêndio deixado por Marcelo Cabo, que perdeu os quatro primeiros jogos do Remo e deixou o time em situação difícil desde o início da competição. Com muito mais acertos do que erros na campanha, Catalá obteve seis vitórias, sete empates e duas derrotas.

Com aproveitamento de 55,5%, o técnico alcançou um desempenho superior ao de vários times que avançaram até o quadrangular. Apesar de o desfecho não ter sido o desejado, o treinador saiu da Série C com o nome em alta. Desde o processo eleitoral, ficou claro que o candidato Tonhão iria reconduzi-lo à função.

Catalá teve propostas de outros clubes, mas cumpriu o acordo e está pronto para reiniciar os trabalhos. Terá, desta vez, a chance de montar o elenco, coisa bem diferente do que ocorreu neste ano, quando chegou e teve que se virar com um grupo de jogadores que já estavam no clube.

Nas entrevistas de ontem, ele foi objetivo. Disse que seu plano é executar um projeto autoral que lhe permita entregar resultados. Atuou assim em todos os demais clubes de seu currículo. Antes de vir para o Remo, conquistou o título da Série C 2022 com o Mirassol.

A vantagem agora é que haverá tempo para a busca por jogadores que se adequem ao modelo que Catalá pretende botar em prática na temporada, sempre considerando que a meta é o acesso à Série B.

Um camisa 9 que não faz gols sobrevive na Seleção

A Seleção Brasileira se prepara para o quinto jogo nas Eliminatórias, amanhã, contra a Colômbia. É provável que o time tenha no ataque Rodrygo, Martinelli e Vinícius Jr. São grandes as chances de Gabriel Jesus entrar como o 9, caso Fernando Diniz mantenha o esquema com um centroavante de ofício.

O surpreendente é que Jesus se destaca muito mais pelo prestígio com os técnicos do escrete. Tite o convocou para duas Copas do Mundo, em 2018 e 2002. Em ambas, Jesus passou em brancas nuvens. Não fez nem cócegas nas defesas adversárias.

Veio a mudança de comando após a Copa do Qatar e, para espanto geral, lá está Gabriel Jesus logo na primeira convocação de Diniz. Entrou na segunda também e agora na terceira tem a possibilidade real de entrar no time, após a exclusão de Richarlyson.

Aos 26 anos e com as oportunidades que teve, Jesus deveria ter conquistado um espaço na Seleção. É bom jogador, tecnicamente de alto nível, mas não funciona na função de fazedor de gols. Nos clubes, foi até bem. Sempre foi artilheiro no Palmeiras e depois nos times ingleses.

Espantoso mesmo é que Diniz tenha decidido bancar a convocação do atacante, apesar das informações do Arsenal, relatando uma recuperação de lesão muscular na coxa. O técnico fincou pé porque conta com Jesus para a partida contra a Argentina, no dia 21.

Como não tem Neymar, lesionado, Diniz parece ter receio de encarar os campeões mundiais com um time jovem demais. E conta logo com Jesus para segurar a onda. Aposta das mais infelizes. Enquanto isso, o santista Marcos Leonardo segue esquecido.

Ex-juiz avisa: Fogão que se cuide, “sistema” vem forte

O que mais atormenta o torcedor é o comportamento errático da arbitragem brasileira.  Ontem, o ex-árbitro do quadro da CBF e da Ferj, Marcelo de Souza Pinto, fez uma denúncia durante entrevista ao podcast “Resenha de Primeira”. Experiente em trabalhos de final de campeonato, ele afirmou que o Botafogo terá a arbitragem como principal obstáculo nas últimas rodadas finais do Campeonato Brasileiro-2023.

Segundo ele, o “sistema” vem forte. “Se eu pudesse apostar, apostava no Flamengo, Palmeiras, Bragantino e no Grêmio, só não apostava no Botafogo. Sabe por que? Eu conheço, eu estive lá dentro. O sistema vai trabalhar. Eu falei para vocês: não deixe o Palmeiras chegar. O Palmeiras não tem nada a ver com isso. Mas sabemos que existe uma força paulista dentro da confederação”.

Acrescentou que, justamente em função do nível das arbitragens, será muito difícil o Palmeiras perder o título. Muito. “Ah, falam que só depende do Botafogo. Não depende, não! Infelizmente tenho que falar isso. Não depende porque o Botafogo não vai mais jogar 11 contra 11. Se prepare, porque não vai. Ou o Botafogo joga o que jogava no primeiro turno, que aí ninguém consegue derrubar, ou esquece esse título”, afirmou Marcelo.

Souza Pinto lamentou os constantes erros de arbitragem que têm sido uma marca deste campeonato e disse que o problema é político. “A arbitragem já passou de todos os limites, não dá mais. O problema da arbitragem não é técnico, é político”, disse o ex-árbitro, que apitou entre 2002 e 2007.