Sobre escolhas e despedidas
Chegou a hora das definições no PSC para o começo da estruturação do elenco para o Brasileiro da Série B em 2024. Nos últimos dias, começaram os desligamentos de atletas que participaram da campanha do acesso, mas que não interessam para o projeto da próxima temporada. Ao mesmo tempo, a comissão técnica escolhe os que integram o grupo dos sobreviventes.
Por enquanto, além dos jogadores que renovam automaticamente contrato ao final do ano – Mateus Nogueira, Paulão, João Vieira, Robinho, Vinícius Leite e Roger – está mais ou menos decidido que irão permanecer na Curuzu o lateral-direito Edilson, o zagueiro Wanderson, o meia-atacante Ronaldo Mendes e o atacante Juninho.
Estão deixando o clube os jogadores Kevin, Rodolfo Filemon, Mirandinha, Lucas Paranhos e Wesley. É apenas a primeira leva. Outros atletas devem ser dispensados nos próximos dias, após acordos de rescisão contratual. Um processo natural e inevitável.
As escolhas, tanto para ficar quanto para sair, têm como referência as observações feitas pela comissão técnica. E é interessante notar que dois jovens valores, Roger e Juninho, estão entre os que terão nova oportunidade para mostrar talento e utilidade.
Juninho, cujos direitos pertencem ao Amazônia Independente, foi testado várias vezes na Série C, com bom aproveitamento. Técnico e habilidoso, chegou a atuar nos jogos decisivos do quadrangular.
Apesar do esforço reconhecido na Série C, a subida para a Segunda Divisão obriga o PSC a ter critérios mais rigorosos na formação do elenco, levando em conta os rigores da competição e o objetivo declarado de brigar pelo acesso à Série A.
Além disso, a comissão técnica precisa levar em conta que o time poderá disputar mais de 60 partidas em 2024. No Parazão, serão 14 jogos, caso a equipe chegue à decisão. Na Copa Verde, são sete partidas. A Copa do Brasil deve ter no mínimo quatro jogos. E a Série B, a competição mais importante do ano, são 38 rodadas.
Será necessário montar um elenco que reúna experiência, capacidade competitiva e regularidade. É provável que, para as primeiras competições, Parazão, Copa do Brasil e Copa Verde, o time ainda tenha uma prevalência de atletas remanescentes de 2023.
Supercopa do Parazão é novidade para 2024
Uma inovação na abertura da temporada do futebol em 2024 tem tudo para agradar a torcida e valorizar ainda mais o Estadual. É a Supercopa do Parazão, que vai colocar frente a frente os campeões da divisão principal e da Segundinha estadual, em meio a uma grande festa antecedendo o início dos jogos do campeonato.
Águia de Marabá, atual campeão paraense, enfrentará o vencedor da Série B local. O Santa Rosa decidirá o título contra o vencedor da disputa entre Parauapebas e Canaã dos Carajás.
Até o momento, é a principal novidade do Parazão. A forma de disputa, com três grupos de quatro times na primeira fase, segue inalterada. Qualquer mudança só pode ser implementada a partir de 2025.
Enquanto cria atrações para incrementar a competição, é fundamental que a FPF aumente o rigor quanto à qualidade dos gramados disponibilizados pelos clubes. Ao contrário do ano passado, há um fator que pode contribuir para melhorar o nível técnico da disputa: a possibilidade de utilização do estádio Jornalista Edgar Proença como opção.
Caso os estádios do interior não estejam dentro das condições ideais para os jogos, o Mangueirão pode sediar os jogos, visto que é considerado um campo neutro. E uma reserva de qualidade para a competição.
Série A: briga de foice na parte inferior da tabela
Vasco e Santos, dois campeões nacionais de grande história e tradição, tiveram uma rodada de desfecho completamente diverso. O Peixe venceu o Coritiba e deixou a zona do rebaixamento, com 33 pontos. Já o Almirante caiu em casa, diante do Internacional, e caiu para a 18ª posição.
Os dois demonstram que irão brigar até o fim pela chance de escapar à queda. No caso do Santos, o rebaixamento seria inédito. O Vasco já caiu três vezes, mas luta para se firmar novamente na elite.
Não tem faltado esforço e espasmos de qualidade nos dois times. Inteiramente reformulado, o Vasco tem Payet, Medel, Jair e Alex, jogadores de bom nível. O técnico é Ramón Díaz, respeitado no continente como um grande comandante.
O Santos tem Marcos Leonardo, vice-artilheiro da Série A, com 13 gols (3 a menos que Tiquinho Soares). Empolgante, o centroavante é um dos destaques da competição, lembrado frequentemente como digno de uma convocação para a Seleção Brasileira.
As dificuldades que cercam o Santos e o Vasco, separados por apenas três pontos, têm a ver com a oscilação de ambos dentro do campeonato. Quando se imagina que haverá uma arrancada, vem logo um resultado decepcionante.
Foi assim com o Santos diante do Internacional, sofrendo uma goleada histórica (7 a 1) e capaz de desestruturar qualquer time. O Vasco passou pelo Fortaleza e logo na sequência perdeu o clássico para o Flamengo, apesar de ter atuado bem, mas o momento da competição exige resultados.
É provável que os dois escapem, mas, para isso, Cruzeiro, Bahia, Corinthians e Cuiabá terão que tropeçar também. Por ora, a única certeza é que Coritiba e América-MG já estão fora de combate.