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Gerson Nogueira analisa as carências do meio-campo do Paysandu

uninho é hoje o único especialista da função em condições de contribuir com a equipe. Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
uninho é hoje o único especialista da função em condições de contribuir com a equipe. Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

As carências do meio-campo

A recuperação de Juninho para o jogo de sábado contra o Ituano, em São Paulo, é a melhor notícia da semana para a comissão técnica do PSC. A lesão sofrida pelo jogador contra o Sport parecia grave, mas a juventude e o baixo histórico de contusões falaram mais alto. Com isso, o time poderá ter em campo seu melhor meia de criação.

O setor tem se mostrado o mais problemático do Papão neste início de Série B. Juninho é hoje o único especialista da função em condições de contribuir com a equipe. Os demais meias do elenco, Robinho e Christophe, não inspiram confiança.

Robinho, um dos mais experientes do grupo, tem sido pouco aproveitado no Brasileiro. Entrou no segundo tempo diante do Sport, aparentemente resistiu bem ao esforço, mas ontem veio a informação de que ele sofreu um estiramento, ficando de fora do compromisso em Itu.

Um dos mais caros do elenco, Robinho tem 36 anos, mas sofre com a sequência de lesões. Juninho estava no elenco desde o ano passado, mas era pouco aproveitado no time titular. As ausências de Robinho abriram caminho para o jovem e hábil meia-armador.

Sua entrada em cena mudou para melhor a movimentação do PSC em campo. Juninho tem habilidade, rapidez e é ousado nas tentativas de abrir caminho rumo ao ataque. Põe em execução boas ideias de tabelas e investidas pelos lados da área adversária.

A importância de Juninho aumenta ainda mais diante da falta de opções para o setor. Biel, que havia se destacado ao longo da temporada, ao que parece saiu dos planos do comando técnico. Não é mais relacionado, apesar de estar treinando normalmente. O mesmo ocorre com Jean Dias, que foi titular no Campeonato Paraense e na Copa Verde.

Ao mesmo tempo, o clube anunciou ontem a contratação do atacante Paulinho Bóia, cria do São Paulo e que apesar da pouca idade já rodou meio mundo. Atuou no Tricolor em 2020. Depois, defendeu o Portimonense (Portugal), São Bento e Juventude. No início de 2022, foi contratado pelo Metalist, da Ucrânia.

De volta ao Brasil, jogou pelo América-MG e ultimamente estava no Mirassol, onde foi reserva por três meses. Acabou resgatado do ostracismo pelo PSC, que tinha prometido só buscar reforços de Série A.

Cerco se fecha sobre Paquetá, titular da Seleção

A Federação Inglesa recomenda que Lucas Paquetá seja banido do futebol caso seja considerado culpado. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O site The Athletic, suplemento esportivo do The New York Times, publicou matéria sobre Lucas Paquetá e esmiuçou bastidores das investigações em cima do brasileiro do West Ham e titular do escrete nacional, por suposto envolvimento com apostas ilegais na Premier League.

Como na Inglaterra ninguém ousa botar a mão no fogo quando o assunto é corrupção no futebol, Paquetá é investigado há meses pela FA (Associação de Futebol da Inglaterra) por supostamente ter forçado cartões amarelos em quatro partidas do Campeonato Inglês – a denúncia formal foi feita em 23 de maio.

Segundo o site, o clima nos bastidores do West Ham é tenso. Há o receio de que o atleta sofra uma penalização severa, que inclui o banimento do futebol. “Esse temor é compartilhado internamente por várias figuras da alta cúpula da diretoria do West Ham”, informa o The Athletic.

Dentro do elenco, Paquetá recebeu o apoio de companheiros de time, como o volante mexicano Edson Álvarez, que prometeu até “protegê-lo” em campo. Depois de ser informado da investigação, o brasileiro garantiu ao elenco que é inocente e se sentia “bode expiatório da FA”.

Ao ser ouvido pelos investigadores, em setembro passado, Paquetá entregou o telefone celular. A bronca está nas mais de 60 apostas sob suspeita, todas relacionadas a cartões amarelos recebidos em partidas da Premier League.

As apostas variaram bastante nos valores, indo de 7 libras (R$ 48) a 400 libras (R$ 2.743). As investigações apontaram que todas as apostas foram feitas na Ilha de Paquetá, no interior do Rio de Janeiro, onde o brasileiro cresceu – e é justamente a origem de seu apelido.

Quem monitorou o caso foi a Ibia (International Betting Integrity Association, ou Associação Internacional de Integridade de Apostas), que notificou a Fifa e depois a FA, dando início à investigação.

Nas internas do West Ham, a situação é considerada grave. “Se for considerado culpado, Paquetá não deve ser autorizado a atuar mais como atleta profissional, principalmente quando se compara seu caso ao de outros que foram analisados no passado”, diz o site The Athletic.

 

Uma bronca para a Fifa descascar até o ano que vem

Na véspera da abertura da Eurocopa, o FIFPRO, sindicato que representa mundialmente atletas de futebol, anunciou ontem que acionou a Fifa contra a realização do novo Mundial de Clubes, que terá 32 equipes. A Associação de Futebolistas Profissionais da Inglaterra (PFA) e o sindicato dos jogadores da França (UNFP) apresentaram ação junto à Corte Internacional do Comércio de Bruxelas, na Bélgica.

Eles contestam a legalidade das decisões de definir unilateralmente o calendário internacional de jogos e, em particular, a decisão de criar e programar a Copa do Mundo de Clubes da Fifa 2025.

Para os sindicatos, a iniciativa da Fifa viola frontalmente os direitos dos jogadores e de seus sindicatos, com base na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

A queixa do sindicato mundial é contra o atual calendário do futebol, qualificado de “sobrecarregado e impraticável”. O novo torneio terá 32 clubes e seus jogadores terão que participar da competição nos Estados Unidos, de meados de junho a meados de julho de 2025.

Com a inclusão do período de preparação e deslocamento entre países, o torneio deve durar até seis semanas de trabalho adicional a um calendário já exaustivo. Por essa razão, o Mundial de Clubes é visto pelos jogadores e sindicatos como um problema grave, levando em conta o risco de lesões.

“Para atletas cada vez mais requisitados em competições de clubes ou seleções, o direito a uma pausa anual tornou-se praticamente inexistente, com o Mundial de Clubes de 2025 sendo realizado durante o único período do ano teoricamente disponível aos jogadores para férias”.