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Gerson Nogueira analisa a seleção de Dorival: 'Nada de novo sob sol'

O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, voltou nesta terça-feira (7) ao Brasil após observar uma série de jogadores que atuam na Europa.. Fotos : Staff Images / CBF
O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, voltou nesta terça-feira (7) ao Brasil após observar uma série de jogadores que atuam na Europa.. Fotos : Staff Images / CBF

Nada de novo sob o sol

A convocação inicial de um treinador da Seleção Brasileira funciona como um demarcador de princípios, uma sinalização de intenções. Com base nisso, Dorival Júnior estreou oficialmente no comando técnico do escrete de forma bem burocrática, sem acrescentar muito às convocações de Fernando Diniz, seu antecessor.

Há 55 anos, João Saldanha assumiu metendo o pé na porta. Logo na primeira entrevista, soltou a escalação das “feras do Saldanha”, dando o primeiro passo para a conquista do tri no México. Em plena ditadura militar, o comunista João Sem Medo acabaria trocado pelo conservador Zagallo, mas legou um exemplo de destemor que ninguém mais repetiu.

Coragem foi o que faltou na apresentação de Dorival. Para um time que desceu tanto de nível que está hoje em 6º lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo, atrás de seleções irrelevantes no continente, seria oportuno chegar chegando, até para sacudir o cenário.

Quem olhar a lista anunciada na sexta-feira vai até se surpreender, mas sem maior entusiasmo. Savinho, destaque no Girona (Espanha), é um desses sopros de renovação, mas que ficou só nisso.

As outras novidades são Andreas Pereira, volante do Fulham (Inglaterra); Beraldo, zagueiro do PSG; Murilo, zagueiro do Palmeiras; e Pablo Maia e Rafael, volante e goleiro do São Paulo, respectivamente.

Além de passar a impressão de ser um técnico inseguro e, por isso mesmo, em busca de suporte, ao abrir espaço para jogadores de seu ex-clube (São Paulo), Dorival fez escolhas sem amparo no desempenho técnico.

Rafael é um goleiro bom, mas não especial. Como ele existem uns 10 ou mais no futebol brasileiro. O mesmo pode ser dito de Pablo Maia, um volante comum, sem brilho maior. É óbvio que só chegaram à Seleção porque o técnico é Dorival.

Prestigiar ex-comandados de qualidade duvidosa é um critério ruim, que atrai justificadas críticas. O próprio Beraldo, revelado no São Paulo, não é um zagueiro consolidado. Bremer, da Juventus (Itália), vive momento melhor, disputando um campeonato mais competitivo.

A outra escolha alvejada pelos corneteiros é a de Murilo, do Palmeiras, alvo de uma óbvia barbeiragem. Dorival confundiu o palmeirense com Murillo, do Nottingham Forest, eleito seguidamente melhor zagueiro da principal liga europeia.

No meio, mais problemas. Entre os convocados para o setor não há um meia de ofício que tenha capacidade criativa. Quem mais se aproxima dessa condição é Lucas Paquetá, utilizado por Tite como meia de ligação, mas de atuações pouco convincentes, inclusive na Copa 2022.

Além de figuras carimbadas, como Casemiro, Dorival só chamou volantes: Bruno Guimarães, do Newcastle; Douglas Luiz, do Aston Villa, e João Gomes, do Wolverhampton. Completam o grupo Andreas Pereira, também volante do Fulham; André, do Fluminense, e o já citado Pablo.

Alguém lembrou que há uma longa estiagem de meias especialistas no Brasil. É fato, muito por culpa de Neymar, que exerce esse papel no escrete de forma dúbia. Carrega o número 10 às costas e conduz a bola o tempo todo, desprezando o manual da posição, que prevê lançamentos e troca de passes no repertório. Raphael Veiga, do Palmeiras, não foi lembrado.

No ataque, Dorival prestigiou Richarlyson e ignorou Vítor Roque. Como é apenas a primeira lista, cabe relativizar os problemas e torcer (muito) para que esse grupo gere um time competitivo para enfrentar as seleções da Inglaterra e Espanha. A ausência de Gabriel Jesus já ajuda bastante.

Bola na Torre

Com apresentação de Guilherme Guerreiro, o programa começa às 22h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em pauta, a rodada final da fase classificatória do Campeonato Paraense. A edição é de Lourdes Cezar.

Papão joga para garantir a liderança do campeonato

Diante do Castanhal, na Curuzu, o Papão pode surgir inteiramente modificado em relação aos últimos jogos no Parazão. Hélio dos Anjos tem a chance de utilizar uma formação bastante modificada: Diogo Silva; Michel Macedo, Luan, Carlão (ou Naylhor) e Geferson; João Vieira, Leandro Vilela e Biel; Edinho, Leandro e Esli Garcia.

O jogo vale muito para o Castanhal, que briga desesperadamente pela classificação, mas para o PSC significa o fechamento da campanha na primeira fase do Parazão. O time está classificado, com 17 pontos, e dificilmente deixará escapar a liderança.

Com a necessidade de recuperação dos titulares depois da desgastante viagem a Rondônia para a estreia na Copa do Brasil, o time pode ter algumas alterações, como a entrada do estreante Geferson na lateral esquerda e a presença de Esli Garcia e Edinho no ataque.

Já o Remo, também garantido na próxima fase do Parazão, vai a Bragança em busca de reabilitação na competição depois do empate em casa com o São Francisco, que causou a demissão do técnico Ricardo Catalá.

Agnaldo de Jesus vai dirigir a equipe e deve ter mudanças no setor defensivo e no meio-campo, pois Ligger e Henrique estão pendurados com dois amarelos e devem ser poupados. No ataque, o criticado Ribamar será mantido. Mais do que mudar peças, o Leão precisa de uma nova atitude.

Mais de 60 mil votos na 1ª parcial do Troféu Camisa 13

As torcidas já estão em contagem regressiva e há muita expectativa para o anúncio oficial da primeira parcial de votação do Troféu Camisa 13. Será na terça-feira, 5, durante o programa Camisa 13/RBATV, às 6h30.

Além de divulgar a seleção dos melhores da primeira fase do Parazão, serão sorteados prêmios aos “técnicos torcedores”, responsáveis pelos mais de 60 mil votos já contabilizados para a primeira parcial.