A vida até parece uma festa
Quando alguém se dispõe a sair de casa para torcer pelo time de coração vai embalado pela esperança de que viverá momentos felizes. No futebol, como se sabe, felicidade significa vitória e conquista. É o sentimento que envolve o torcedor bicolor na expectativa febril para a decisão de hoje contra o Amazonas, no Mangueirão.
A ansiedade pelo embate deste domingo começou há uma semana, em João Pessoa, quando o time arrancou uma vitória espetacular sobre o Botafogo-PB. Nem bem a partida terminou lá, a torcida iniciou os festejos aqui.
Festa merecida e justificada pela caminhada impecável do PSC no quadrangular da Série C. Com 10 pontos somados, o time não depende mais de ninguém para concretizar o acesso à Série B.
Na real, o time de Hélio dos Anjos poderia sacramentar o acesso desde sábado (30). Se o Botafogo vencesse ou empatasse com o Volta Redonda, o Papão se classificaria automaticamente, colocando fim a esse suspense todo – o Voltaço acabou vencendo por 2 a 1, adiando a festa antecipada bicolor.
Ainda assim, mesmo se tudo estivesse definido, encarar o Amazonas no Mangueirão constitui um desafio importante para a equipe. Não apenas pela obrigação de proporcionar alegria ao seu torcedor, mas porque a vitória deixará o PSC com 13 pontos e confirmadíssimo na final do campeonato.
A multidão que vai lotar o Mangueirão não espera nada menos que comprometimento e resultado. O time entregou isso até agora, amparado em figuras de extrema regularidade, como o zagueiro Wanderson, fato que embala a fé cega da torcida num triunfo consagrador.
Aí, então, a celebração atingirá a temperatura máxima, materializando a imagem mais bonita e romântica que o futebol pode proporcionar: a que une delírio e encantamento. Afinal, mesmo com as incertezas próprias de um esporte tão competitivo, é possível extrair momentos de elevação.
FPF quer 100 jogos para completar formação da base
A nova gestão da Federação Paraense de Futebol entende como um dos pontos estratégicos para a ascensão do futebol paraense a médio prazo é a profissionalização das categorias de base, através de um calendário mais ativo e competitivo a ser proporcionado aos atletas de todas as regiões do Estado.
Para que essa nova visão a respeito das divisões de base se torne realidade, a FPF procura viabilizar um cenário estruturado para que o Pará volte a se credenciar como grande celeiro de talentos no futebol, colocando-se em pé de igualdade com as praças que mais investem na formação.
O Campeonato Paraense Sub-20 2023 funcionará como vitrine para isso, ao reunir 35 equipes na competição, um autêntico recorde, com agremiações da região metropolitana e nordeste.
Mais de 1.500 jovens atletas serão registrados, com um número expressivo de compromissos assegurados para cada time na competição. Pela fase classificatória, cada time disputará um mínimo de 12 partidas, o que gera um total de 420 jogos somente nesta etapa. Os finalistas da competição, que passarão por todas as etapas, farão 16 atuações.
Através do Projeto 18-100, que visa elevar o número de jogos de cada atleta até a chegada ao profissional, a base passou de cinco para 12 competições, levando em consideração todas as categorias, gerando cerca 420 jogos. O sub-17 e o sub-20 tiveram as inéditas Copa Pará e Supercopa Pará, além do Campeonato Paraense.
O projeto 18-100, que consiste em garantir 100 partidas para os atletas até a faixa dos 18 anos, para que a transição ao profissional ocorra de forma natural e consistente, se sustenta na realização de torneios já em prática, como a Copa Pará, SuperCopa Pará e Parazão.
Os planos da atual gestão da FPF são ambiciosos para a base, a partir do projeto de fomento esportivo e do plano de custear 1000 partidas entre os jovens a partir da próxima temporada.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 22h, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. A pauta é a rodada decisiva da Série C, com foco no jogo PSC x Amazonas. A edição é de Lourdes Cezar.
Arte e paixão unidas em torno de uma causa humanitária
Em meio à mobilização da diretoria do Paysandu para ajudar o torcedor-símbolo Papa Alviceleste a reconstruir sua casa, destruída por um incêndio nesta semana, o arquiteto João Castro Filho se prontificou a doar o projeto arquitetônico executivo da nova casa.
“Como não poderia deixar de ser, a casa será temática. Logicamente, o tema será Paysandu. Com o azul celeste e branco preponderando”, informou João à coluna na quarta-feira, 27.
Depois que a ideia chegou ao conhecimento dos diretores, ficou acertado que o arquiteto visitará neste fim de semana o local onde ficava a casa de José Antonio da Silva, o Papa Alviceleste. Castro, bicolor de carteirinha, terá a companhia do diretor Vandick Lima.
Profissional inovador, com premiações internacionais, João Castro é um expoente da chamada arquitetura amazônica, que utiliza elementos regionais nas construções de prédios e casas.