Tylon Maués
Quando o volante Geovane foi anunciado como reforço do Paysandu, as reações dos torcedores de seu ex-time, o Ceará-CE, se dividiram entre lamentações e indiferença. Na Curuzu, o meio-campista de cara se encaixou no time e virou titular. Mais do que isso, ele ganhou boa parte da Fiel com suas atuações.
“Cheguei aqui e me senti em casa logo no primeiro dia. Vesti a camisa e não é à toa que a torcida abraçou”, comentou o jogador, ainda durante o Campeonato Paraense quando perguntado dessa relação com a Fiel.
Geovane garante que esse sentimento é recíproco, que já tem um carinho legítimo pela torcida do Papão. “Posso dizer para eles que não vai faltar empenho, raça e vamos sair felizes no final do ano. Vamos em busca do nosso acesso”, garante.
A busca pelo principal objetivo do ano ganhou algumas peças no caminho pela troca de comando recente. Não há questões sobre a qualidade de Márcio Fernandes ou Marquinhos Santos, e sim sobre a mudança nesse estágio da temporada. A estreia na Série C, vitória de 2 a 1 de virada sobre a Aparecidense-GO, foi bem mais sofrida do que deveria ter sido, com os três pontos só saindo após um pênalti mal marcado para o Paysandu.
Em entrevista exclusiva ao Bola, Geovane fala dessa relação rápida com a torcida e o bom momento que vem vivendo na Curuzu.
P – Te surpreendeu esse encaixe tão rápido no time? Qual a explicação para isso?
R – Quem me conhece sabe o quanto eu me dedico dia após dia. Por isso, estou sempre preparado. Fico muito feliz com a confiança que o professor Márcio Fernandes depositou em mim, além de agora o Marquinhos Santos estar fazendo o mesmo. Os meus companheiros também sempre me deixaram à vontade, sempre ouvi conselhos. Precisamos ter personalidade e nunca se esconder do jogo.
P – A torcida também tem tido uma resposta muito boa às suas atuações. Tens sentido isso no dia a dia ou nas redes sociais?
R – Fico feliz com o carinho do torcedor, já falei que isso é recíproco. Vou retribuir isso dando o meu melhor além do limite, para conseguir nossos objetivos durante a temporada. Sempre busco melhorar e não posso me iludir com elogios ou me abalar com críticas.
P – Muitos torcedores do Ceará não entenderam tua saída. Você já entendeu?
R – Tudo tem um motivo. Agradeço o tempo em que estive no Ceará, ainda tenho contrato no clube. Aprendi muito no Vozão e tenho carinho, sempre estarei torcendo pelo sucesso do Ceará.
P – Por outro lado, vir para o Paysandu e ter mais tempo em campo pode ter consequências positivas para a sequência da tua carreira?
R – Com certeza. Atuar no Paysandu é uma honra e privilégio. Quero viver isso aqui todos os dias e sempre evoluir, para dar alegrias aos torcedores.